Promotoria venezuelana pede a HSBC informação de contas de funcionários

  • Por Agencia EFE
  • 25/02/2015 15h29
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Caracas, 25 fev (EFE).- A procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega, disse nesta quarta-feira que o Ministério Público (MP) de seu país solicitou à filial suíça do banco britânico HSBC informações dos funcionários públicos venezuelanos que têm contas ali, em consequência do escândalo da divulgação da Lista Falciani.

“Não porque tenha sido publicado, mas dentro de investigações que o MP tem feito nós estamos solicitando a este banco suíço (filial do HSBC) a informação dos funcionários públicos venezuelanos que têm contas neste banco”, explicou a promotora em uma entrevista ao canal privado “Venevisión”.

Ortega indicou que não pode especular sobre qual será o resultado desta solicitação e que será preciso esperar “para ver o que ocorre”, depois da divulgação no início do mês de que a Venezuela é o terceiro país com mais fundos depositados na filial suíça desta entidade financeira, US$ 14,8 bilhões.

A informação foi divulgada depois da notificação de abertura de investigações em diferentes países após o vazamento da chamada Lista Falciani, que contém 130 mil nomes de clientes com contas na filial suíça do HSBC, alguns deles sonegadores fiscais que teriam sido ajudados pela entidade.

O Banco do Tesouro e a Tesouraria venezuelana eram clientes desta filial com US$ 12 bilhões em contas que, de acordo com o vice-presidente econômico da Venezuela, Rodolfo Marco Torres, eram “totalmente transparentes”.

“Então, o Banco do Tesouro tinha recursos e os depositava nessa conta através de um fideicomisso e eram originadas diferentes subcontas onde eram feitos investimentos e pagamentos a provedores, isso não tem nada de anormal”, disse Marco Torres no último dia 12.

Marco Torres, que era presidente do Banco do Tesouro da Venezuela quando as contas foram abertas, entre 2005 e 2007, afirmou que “podem investigar tudo o que quiserem” e garantiu não ter contas pessoais no banco HSBC.

O ministro ressaltou que o país não teve inconvenientes com as contas no banco britânico que, explicou, foi eleito pelo Estado venezuelano por ser em 2005 “um dos maiores bancos do mundo, com excelente classificação de risco”.

Ele não deu detalhes sobre os US$ 2,8 bilhões restantes de fundos venezuelanos depositados no banco.

A Lista Falciani foi elaborada com a informação da filial em Genebra do banco britânico HSBC que o técnico em informática Hervé Falciani gravou em um CD e entregou à Fazenda francesa em 2009. EFE

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