Propinas a Cunha em 5 operações do FI-FGTS seriam de ao menos R$ 15,9 milhões

  • Por Estadão Conteúdo
  • 01/07/2016 11h47
Brasília - O presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) dá coletiva de imprensa, no Hotel Nacional em Brasília, com o objetivo, segundo ele, de retomar "a comunicação direta com os veículos de comunicação" (José Cruz/Agência Brasil) José Cruz/Agência Brasil Eduardo Cunha

Em cinco das 12 operações do Fundo de Investimento do FGTS (FI-FGTS) com grandes empresas, detalhadas pelo ex-vice presidente da Caixa, Fábio Cleto, em sua delação premiada, as propinas ao presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), somariam ao menos R$ 15,9 milhões. 

A delação de Cleto foi uma das que embasou a Operação Sépsis, deflagrada, na manhã desta sexta-feira (1), com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF).

O peemedebista, que foi afastado da presidência da Câmara por determinação do STF e enfrenta um processo de cassação que deve ir a votação no plenário em breve, é suspeito de achacar grandes empresas que buscavam financiamento do fundo.

Apadrinhado de Cunha na Caixa, Cleto também participava do esquema e recebia uma porcentagem das propinas, que ele admitiu terem somado R$ 5 milhões em uma conta na Suíça, valor que será ressarcido pelo gestor, em sua delação, como multa.

Além dele, o lobista apontado como operador de Cunha, Lúcio Bolonha Funaro, preso preventivamente na Sépsis, também participava do esquema cobrando os valores das empresas e operacionalizando os pagamentos de propina.

Defesa

“Desconheço o conteúdo da delação e, por isso, não posso comentar detalhes. Reitero que o cidadão delator foi indicado para cargo na Caixa, pela bancada do PMDB/RJ e com meu apoio, sem que isso signifique concordar com qualquer prática irregular. Desminto, como aliás já desmenti, qualquer recebimento de vantagem indevida”, defendeu-se Eduardo Cunha por meio de nota.

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