Prorrogação de seguro desemprego nos EUA fica estagnada no Senado

  • Por Agencia EFE
  • 15/01/2014 03h26

Washington, 14 jan (EFE).- A prorrogação dos subsídios para os desempregados de longa duração nos Estados Unidos, que expiraram no final de dezembro e beneficiam 1,3 milhões de pessoas, ficou paralisada no Senado nesta terça-feira, que retomará as negociações sobre essa lei apenas no final do mês, após o fim do recesso parlamentar.

Depois de semanas de negociações, o Senado rejeitou nesta terça-feira duas propostas, uma democrata e uma republicana, para a prorrogação do seguro desemprego, que ficam no ar até, pelo menos, 27 de janeiro, quando o Senado retomará suas atividades.

Em comunicado posterior à votação, a Casa Branca acusou os legisladores republicanos de “bloquear” a solução para prorrogar o seguro desemprego de longa duração para 1,3 milhões de americanos, uma medida essencial “não só para esses cidadãos, mas também para a economia do país”.

“Continuaremos trabalhando com os partidos para encontrar uma solução, porque o custo da inação é muito alto para os americanos que lutam todos os dias para conseguir trabalho”, afirmou o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.

A prorrogação do seguro desemprego é uma prioridade para o presidente Barack Obama, que hoje, em sua primeira reunião de gabinete do ano, enfatizou a importância de que os legisladores “façam alguma coisa” em breve para aliviar a situação econômica dos 1,3 milhões de americanos afetados.

A discussão entre republicanos e democratas no Congresso sobre os subsídios gira em torno de dois aspectos: a duração da prorrogação e, o que é mais importante, o custo que ela representaria para os cofres públicos.

Os pagamentos do seguro desemprego expiraram no final do ano passado porque a oposição republicana se negou a renová-los, com o argumento de que o programa tinha natureza temporária e que sua extensão não motiva os desempregados a buscar um novo posto de trabalho.

Além disso, os legisladores republicanos são reticentes a uma nova prorrogação dessas ajudas, que têm uma dotação média de US$ 1.166 mensais, porque aumentaria o déficit federal, a não ser que o governo compensasse com cortes de despesas em outras verbas orçamentárias.

O seguro desemprego de emergência começou durante a Presidência de George W. Bush em 2008 e, até dezembro do ano passado, foi renovado todos os anos.

Quando o seguro foi lançado, o índice de desemprego nos Estados Unidos era de 5,6% e a duração média do período sem trabalho não passava de 17 semanas.

Agora, o desemprego é o maior desafio da economia do país, já que, apesar de os Estados Unidos darem sinais de uma recuperação após uma longa recessão, a taxa de desemprego é de 6,7% e a duração média do período sem trabalho é de 36 semanas. EFE

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