Protesto denuncia racismo em decisão judicial que proibiu “rolezinho” em SP
São Paulo, 18 jan (EFE).- Vários movimentos sociais realizaram neste sábado uma manifestação para denunciar o “racismo” das autoridades brasileiras contra negros por causa da proibição da justiça da organização dos “rolezinhos” em shoppings.
O protesto de hoje foi convocado pelo grupo União de Núcleos de Educação Popular para Negras/os e Classe Trabalhadora (Uneafro) em resposta a um decisão judicial que proibiu um desses encontros, programado para segunda-feira passada, 13, no shopping JK Iguatemi, um dos mais luxuosos da capital paulista.
Um juiz do Tribunal de Justiça de São Paulo proibiu a realização do encontro argumentando que o centro comercial é um lugar privado, “impróprio” para esse tipo de manifestação, e argumentou que em outros “rolezinhos” foram registrados roubos e destruição do patrimônio público.
A manifestação de hoje, que teve a participação de cerca de 200 pessoas, foi até o JK Iguatemi, que fechou as portas antes da chegada do grupo.
A manifestação estava liderada por um cartaz em inglês que dizia “No país da Copa, shoppings racistas proíbem a entrada de negros e pobres”.
Os “rolezinhos” surgiram nos shoppings dos bairros periféricos e mais humildes de São Paulo como encontros maciços de adolescentes convocados nas redes sociais, com o objetivo de se divertirem.
Nas últimas semanas, depois de a imprensa dar atenção ao fenômeno, eles se estenderam a outras cidades do país, o que gerou preocupação no governo federal.
A presidente Dilma Rousseff realizou uma reunião nesta semana com ministros para estudar o fenômeno. EFE
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