Protesto diante de consulado francês no Paquistão termina com três feridos

  • Por Agencia EFE
  • 16/01/2015 10h29
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Islamabad, 16 jan (EFE).- Ao menos três pessoas ficaram feridas em um protesto nesta sexta-feira em Karachi, no sudeste do Paquistão, após a polícia dispersar a manifestação islamita perante o consulado da França por conta da publicação de caricaturas de Maomé, informaram à Agência Efe fontes oficiais.

Um dos feridos é um fotógrafo e o outro um membro da organização convocante, enquanto um policial ficou ferido pelo lançamento de pedras, disse à Agência Efe um porta-voz do Jinnah Hospital de Karachi, o doutor Seemi Jamali.

O fotógrafo está em situação crítica após ser atingido por uma bala no peito, enquanto o outro ferido é um professor membro da organização Islami Jamiat-e-Decepava, convocante do protesto, afirmou este porta-voz.

O médico assegurou que o policial ferido está fora de perigo.

Televisões locais como o canal “Geo” emitiram imagens da polícia disparando para o ar e de companheiros do repórter ferido que ajudavam ele a sair do lugar, no qual é possível ver grandes destroços na mobília urbana.

Um porta-voz policial, Ikram Hussain, declarou à Agência Efe que a polícia recebeu reforço do Exército e efetuou pelo menos 20 detenções nos enfrentamentos com os manifestantes, nos quais empregou abundante material antidistúrbios.

As Forças de Segurança lançaram gás lacrimogêneo e jatos de água sob pressão para impedir que a manifestação, que começou a primeira hora da tarde após a reza muçulmano das sextas-feiras, chegou ao consulado francês para entregar uma carta de protesto pela publicação de caricaturas de Maomé na revista “Charlie Hebdo”.

Os manifestantes, muitos deles armados com bastões, se refugiaram em vielas próximas na zona de Teen Talwar, um dos principais monumentos da cidade, e responderam às Forças de Segurança com o lançamento de pedras.

A manifestação fazia parte dos atos organizados em várias partes do país por mais de 20 organizações, aglutinadas em um grupo denominado Tehreek Hurmat-i-Rasool, contra a publicação das caricaturas em meios ocidentais. EFE

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