Protestos contra o islamismo na Austrália terminam com distúrbios
Sydney (Austrália), 4 abr (EFE).- Centenas de cidadãos se manifestaram neste sábado “em defesa da identidade australiana” e contra uma suposta islamização do país, em várias mobilizações que acabaram em enfrentamentos com ativistas antirracistas.
O coletivo Recuperar a Austrália organizou os protestos em uma dúzia de cidades nas quais os manifestantes ondearam bandeiras australianas e empunharam cartazes contra o islã.
“Não estamos contra nenhuma raça ou religião em particular. Estamos contra os extremistas de uma religião em particular”, disse um dos organizadores, John Oliver, à emissora “ABC”.
Os protestos provocaram contramanifestações de ativistas antirracistas que acusaram a Recuperar a Austrália de ser antimuçulmana.
“Isto é claramente um ataque aos muçulmanos e à comunidade muçulmana deste país. Tudo é sobre a comida halal, a lei islâmica, proibir a burca”, disse à mesma emissora Clare Fester, organizadora da contramanifestação em Sydney.
Manifestantes dos dois grupos se estranharam e em alguns casos chegaram a enfrentar-se, o que levou a polícia a intervir para separá-los.
Em Sydney 500 pessoas se concentraram perto da cafeteria na qual em dezembro aconteceu o ataque com reféns realizado por um homem que disse atuar inspirado pelo Estado Islâmico e que acabou com três mortos, incluído o sequestrador.
Em Melbourne, policiais a cavalo tiveram que interpor-se entre os dois grupos depois que houve resistências e troca de insultos.
Também houve concentrações em Brisbane, Adelaide, Perth e Hobart, onde um homem que participava da marcha da Recuperar a Austrália foi detido e acusado de assalto depois que ele e seu grupo confrontaram defensores do multiculturalismo. EFE
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