Protestos na Jordânia contra as caricaturas de Maomé termina em distúrbios
Amã, 16 jan (EFE).- A polícia jordaniana enfrentou nesta sexta-feira os manifestantes que tentavam se aproximar da embaixada francesa em Amã em protesto pela publicação de novas caricaturas do profeta Maomé na revista satírica “Charlie Hebdo”.
Milhares de pessoas participaram das manifestações convocadas por grupos islamitas diante da Grande Mesquita de Hosseini em Amã, depois da reza muçulmana do meio-dia.
Um dos organizadores disse à Agência Efe que a polícia dispersou os manifestantes e deteve pelo menos quatro deles, que foram posteriormente libertados.
Os choques explodiram quando os manifestantes tentaram se aproximar da sede diplomática, mas se depararam com dezenas de agentes.
O lema da manifestação era “Exceto o profeta”, mostrando que Maomé é uma linha vermelha que não deve ser atravessada.
Nas mesquitas, os sermões desta sexta-feira se centraram em condenar o ataque contra a redação da Charlie Hebdo, que deixou 12 mortos, e por outro em criticar “os inimigos de Deus que atacam o profeta”.
No entanto, os ímãs insistiram que a forma de lidar com esta ofensas deve ser pacífica.
O mundo muçulmano, tanto em seu braço majoritária sunita como na minoritária xiita, reagiu negativamente à publicação há dois dias do último número da revista satírica francesa, que qualificou de provocativo.
Hoje foram convocados protestos em alguns países, e por exemplo na cidade paquistanês de Karachi pelo menos três pessoas ficaram feridas ao dispersar a Polícia uma manifestação islamita perante o consulado da França.
“Charlie Hebdo” voltou na quarta-feira às bancas com uma fachada na qual se vê a Maomé entristecido e derramando uma lágrima enquanto mostra o slogan “Je Suis Charlie” (Eu sou Charlie), rematado pelo titular “Está todo perdoado”.EFE
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