Provas demonstram bombardeios indiscriminados do regime sírio, aponta HRW
Beirute, 24 mar (EFE).- Novas imagens por satélite, vídeos e as palavras de testemunhas demonstram bombardeios em grande escala e indiscriminados por parte do regime sírio contra bairros em mãos dos opositores na cidade de Aleppo há quatro meses, denunciou nesta segunda-feira a Human Rights Watch (HRW).
Em comunicado, o grupo disse que os bombardeios em Aleppo e sua periferia mataram ou feriram um grande número de civis e causaram um deslocamento em massa da população.
A HRW apontou que, segundo dados de uma organização local, pelo menos 2.321 civis faleceram na província de Aleppo desde 1 de novembro de 2013 até 21 de março.
“Novas fotografias por satélite e as palavras de testemunhas mostram a brutalidade ocorrida em distintas partes de Aleppo”, disse a diretora da HRW no Oriente Médio, Sarah Leah Whitson.
A responsável da ONG destacou que o “uso de barris de explosivos em bairros residenciais teve o efeito esperado: o assassinato de centenas de civis e o deslocamento de milhares. Se estas armas indiscriminadas abateram um alvo militar, foi por pura sorte”.
A ONG usou como exemplo imagens por satélite que demonstram pelo menos 30 ataques contra diferentes lugares dos distritos de Masaken Hanano e Yuret Awad, onde foram destruídos mais de 100 edifícios.
A HRW lembrou que o Conselho de Segurança da ONU adotou em 22 de fevereiro uma resolução que pedia a todas as partes que “cessem imediatamente os ataques contra civis” e solicitava o fim “do desdobramento indiscriminado de armas em áreas povoadas, incluindo os bombardeios, como o uso de barris de explosivos”.
A organização considerou que o Conselho de Segurança deveria impor um embargo de armas ao governo sírio, assim como a qualquer grupo implicado no abuso sistemático dos direitos humanos e levar a situação perante a Tribunal Penal Internacional (TPI). EFE
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