PSDB repudia prisão de opositor venezuelano e critica silêncio do Mercosul
Brasília, 20 fev (EFE).- O PSDB publicou nesta sexta-feira uma nota em que repudia a prisão do prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, e critica o silêncio que os governos do Mercosul mantêm sobre o caso.
“É com indignação e crescente preocupação que assistimos à escalada de violência praticada pelo governo da Venezuela contra aqueles que divergem democraticamente do regime do presidente Nicolás Maduro”, começa o texto assinado pelo senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, o líder da formação no Senado, Cássio Cunha Lima, e líder do partido na Câmara dos Deputados, Carlos Sampaio.
No comunicado, o PSDB declarou considerar “inconcebível que um país-membro do Mercosul continue a desrespeitar as cláusulas democráticas que regem o bloco sem que os demais integrantes, como é o caso do Brasil, sequer se pronunciem a respeito”.
A presidente Dilma Rousseff recebeu hoje as cartas credenciais da nova embaixadora da Venezuela no país, María Lourdes Urbaneja, e, em rápida conversa com jornalistas, evitou fazer comentários sobre “assuntos internos” de outra nação.
Ledezma, prefeito de Caracas desde 2013 e um dos líderes mais conhecidos da oposição venezuelana, foi detido ontem, acusado de fazer parte de um suposto complô para derrubar o presidente Nicolás Maduro. A ação foi realizada por dezenas de agentes do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin) que o levaram à força de seu gabinete no bairro El Rosal na capital do país.
“Sob pretextos vagos, opositores têm sido detidos ou mesmo sequestrados, como aconteceu ontem com o prefeito da área metropolitana de Caracas, Antonio Ledezma – preso mediante coação e sem qualquer ordem judicial. Abusos já vitimaram antes Leopoldo López e a deputada María Corina Machado”, sustentou o PSDB.
O partido afirmou que a radicalização do regime bolivariano é clara e se choca com os valores democráticos professados pelo povo venezuelano. O texto finaliza com o pedido para que o governo brasileiro condene imediatamente “às atitudes antidemocráticas cometidas pelo regime”. EFE
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