Putin adverte que sanções contra Rússia prejudicam todos

  • Por Agencia EFE
  • 04/03/2014 12h03
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Moscou, 4 mar (EFE).- O presidente russo, Vladimir Putin, advertiu nesta terça-feira que as sanções internacionais contra a Rússia pela intervenção na república autônoma ucraniana da Crimeia seriam contraproducentes e prejudicariam a todas as partes.

“Os que deveriam pensar nas consequências (das sanções) devem pensar, em primeiro lugar, naqueles que as querem introduzir. No mundo contemporâneo, onde tudo está relacionado e todos dependem uns de outros de alguma maneira, claro que é possível prejudicar uns aos outros, mas será um prejuízo mútuo”, ressaltou Putin à imprensa.

Putin, afirmou ainda que a tomada do poder na Ucrânia por parte da oposição foi “um golpe de Estado anticonstitucional” e o resultado de uma insurreição armada.

Ele lembrou que o presidente ucraniano deposto, Viktor Yanukovich, assinou com a mediação de três ministros das Relações Exteriores europeus e do Defensor público russo, Vladimir Lukin, um acordo “segundo o qual, Yanukovich cedia seus poderes de todas formas “.

“Aceitou todas as demandas da oposição, aceitou realizar eleições antecipadas, aceitou retornar à Constituição de 2004”, que amplia os poderes do Parlamento, disse, sobre o acordo assinado em 21 de fevereiro, um dia antes que o líder ucraniano ser derrubado.

“Para que recorreram a ações ilegítimas e anticonstitucionais e levaram ao país ao caos que está agora?” declarou Putin, que assinalou que os manifestantes mataram a tiros e queimaram viva “gente que não tinha nada a ver” com aqueles fatos.

Ao mesmo tempo, o líder do Kremlin assinalou, em resposta à decisão do grupo dos sete países mais desenvolvidos (G7) de suspender os preparativos para a cúpula do G8 (G7 e Rússia) em Sochi (Rússia), que as autoridades russas continuam os trabalhos para sua organização.

“Estamos nos preparando e nos alegraremos de receber nossos colegas, mas se não querem vir, tudo bem”, disse.

Os países-membros do G7 (Estados Unidos, Canadá, Japão, Alemanha, Reino Unido, França e Itália) decidiram neste domingo suspender a participação nos preparativos da cúpula do G8 em Sochi, e pediram a Moscou para iniciar negociações diretas com a Ucrânia para superar a crise na república autônoma da Crimeia.

Os líderes das sete potências mais industrializadas, assim como os presidentes do Conselho Europeu e da Comissão Europeia, condenaram “a clara violação” da soberania e integridade territorial da Ucrânia por parte da Rússia, ao ocupar militarmente a Crimeia. EFE

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