Putin apoia candidatura de Nazarbayev à reeleição no Cazaquistão

  • Por Agencia EFE
  • 20/03/2015 12h14

Astana, 20 mar (EFE).- O presidente da Rússia, Vladimir Putin, apoiou publicamente nesta sexta-feira a candidatura de Nursultan Nazarbayev à reeleição no pleito presidencial antecipado de 26 de abril e fez campanha.

“Para todos aqueles que amam o Cazaquistão, todos aqueles que avaliam seu desenvolvimento estável, persistente e muito notável, para todos, claro, é muito importante neste momento apoiar o presidente do Cazaquistão, e eu claro, estou entre eles”, disse Putin aos jornalistas.

“Desejo sucesso”, acrescentou, ladeado pelo próprio Nazarbayev, com quem se reuniu pouco antes em Astana.

O chefe do Kremlin destacou que Nazarbayev “é, sem dúvida, um líder reconhecido de seu país, uma pessoa com prestígio não só no Cazaquistão, mas no mundo todo, um político conhecido, com autoridade moral”.

Nazarbayev confirmou recentemente que se candidatará à reeleição “com o único propósito de colocar novos e complexos objetivos para dar resposta” em um contexto de crise econômica mundial.

O líder, de 74 anos, governa o Cazaquistão desde 1989, quando a república centro-asiática ainda fazia parte da União Soviética.

As últimas eleições presidenciais no Cazaquistão aconteceram em 3 de abril de 2011, e Nazarbayev recebeu 95,55% dos votos.

Putin afirmou hoje ainda que os países da União Econômica Eurasiática poderão abordar juntos os grandes desafios econômicos da atualidade.

“Claro, dada a situação atual do mercado, estamos lidando com complicações econômicas globais, mas tenho certeza que as bases econômicas e sociais plantadas ao largo do período pós-soviético poderão nos ajudar a vencer essas dificuldades”, disse Putin ao seu anfitrião cazaque.

Após a reunião bilateral com Nazarbayev, ambos se reunirão com o presidente de Belarus, Aleksandr Lukashenko.

Na opinião do analista político russo Andrei Okara, o grande objetivo de Putin com esses encontros na capital cazaque é conseguir que os sócios-fundadores da UEE referendem seu apoio ao projeto integrador, que entrou em vigor em 1º de janeiro.

O projeto foi gravemente afetado pela crise econômica que aflige a Rússia, produto da queda dos preços do petróleo e das sanções ocidentais contra Moscou.

Além disso, Nazarbayev e Lukashenko, considerados antes da explosão da crise ucraniana os mais firmes aliados de Moscou, não se alinharam automaticamente e expressaram repetidas vezes seu respeito pela integridade territorial da Ucrânia. EFE

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