Putin concede cidadania a menino ucraniano que ficou paralítico em bombardeio

  • Por Agência EFE
  • 23/08/2015 06h59

Vista de entrada em de hospital em Donetsk EFE Vista de entrada em de hospital em Donetsk

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, concedeu neste domingo a cidadania a um menino ucraniano que ficou paralítico em janeiro deste ano após um bombardeio na região de Donetsk, no leste da Ucrânia.

Ivan Voronov, de 10 anos, ficou gravemente ferido na cidade de Shajtiorsk, palco no começo do ano de sangrentos combates entre o exército ucraniano e as milícias separatistas pró-Rússia, segundo informam hoje meios de comunicação locais.

No ataque com artilharia, supostamente realizado pelas forças governamentais, o menino perdeu ambas pernas e braços, e ficou cego, enquanto seu irmão mais novo morreu.

A criança foi internada no Instituto de Cirurgia e Traumatologia Infantil de Moscou, onde foi visitado pelo chefe do Kremlin no início do mês de junho.

Putin também concedeu a cidadania à mãe do menino e a uma idosa ucraniana de 91 anos, Tatiana Ivanenko, que também havia solicitado o passaporte russo.

Segundo o presidente russo, entre dois milhões ou três milhões de ucranianos estão em território russo, a metade refugiados de guerra, muitos deles homens em idade militar que se negam a combater nas fileiras do exército governamental.

Nesta semana, durante sua visita à Crimeia, Putin acusou a Ucrânia da intensificação dos combates nas regiões de Donetsk e Lugansk, mas expressou sua confiança em que a escalada de tensão não desemboque em uma guerra de grandes proporções.

Além disso, deu por encerrado o debate sobre a soberania da Crimeia, anexada pela Rússia em março de 2014, alegando que seus habitantes “votaram pela reunificação com a Rússia” em um referendo, e voltou a desafiar a Kiev ao afirmar que “russos e ucranianos são o mesmo povo”.

Segundo dados da ONU, cerca de 7.000 pessoas, entre combatentes e civis, morreram na Ucrânia nos quase 16 meses de conflito.

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