Putin diz que Rússia não tem culpa da crise na Ucrânia

  • Por Agencia EFE
  • 13/03/2014 12h43

Moscou, 13 mar (EFE).- O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quinta-feira que a Rússia não é culpada da crise na Ucrânia, mas deve enfrentar suas consequências e redefinir suas relações com o país vizinho e o Ocidente.

“Não foi por nossa culpa que surgiu esta crise, mas fomos envolvidos nela”, afirmou o líder do Kremlin em reunião do Conselho de Segurança russo, integrado também pelo primeiro-ministro, Dmitri Medvedev, os ministros da Defesa, Interior e Relações Exteriores, além dos presidentes das duas câmaras do parlamento.

Diante das crescentes ameaças de sanções por parte do Ocidente e da comunidade internacional se for concretizada a adesão da rebelde república ucraniana da Crimeia à Rússia, Putin sugeriu ao Conselho de Segurança russo a necessidade de revisar as relações de Moscou com o resto do mundo.

“Vamos pensar juntos sobre como lidar com nossas relações com nossos parceiros e amigos na Ucrânia, e com nossos sócios na Europa e Estados Unidos”, apontou.

Os países do G7 exigiram ontem que a Rússia não adote medidas que facilitariam a reunificação com Crimeia, permita a presença de observadores e mediadores internacionais neste território e aceite um diálogo direto com o novo governo de Kiev, estabelecido após a fuga do presidente pró-russo Viktor Yanukovich.

Os líderes da União Europeia (UE) acertaram na semana passada em aplicar as primeiras sanções à Rússia, que consistiram na suspensão de negociações bilaterais para a liberalização de vistos e de um novo acordo sobre o tema.

Os ministros das Relações Exteriores dos vinte e oito membros da UE abordarão na segunda-feira a possibilidade de impor novas sanções específicas contra Moscou.

Já os Estados Unidos aprovaram a restrição de vistos e outras sanções contra pessoas e entidades responsáveis pela intervenção militar russa na Crimeia.

Washington também suspendeu as conversas bilaterais com a Rússia sobre comércio e investimento, e diminuiu os contatos entre militares dos Estados Unidos e da Rússia, incluídas manobras, reuniões bilaterais, visitas portuárias e conferências planejadas. EFE

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