Putin estimula empresários da Ásia e Pacífico a investir mais na Rússia
Pequim, 10 nov (EFE).- O presidente da Rússia, Vladimir Putin, estimulou nesta segunda-feira em Pequim as empresas da região Ásia-Pacífico a investir mais em seu país, definido pelo líder como uma importante ponte entre o Ocidente e o Oriente e que “não irá impor controle ao fluxo de capitais”.
“A situação financeira e fiscal é estável” e, além disso, o país trabalha para “criar um ambiente melhor de investimento para as firmas russas e internacionais”, disse Putin em sua participação no fórum de executivos da Ásia-Pacífico, prévio à cúpula de líderes que será realizada entre hoje e amanhã.
Fugindo de polêmicas como o momento ruim das relações comerciais e financeiras com a União Europeia e Estados Unidos devido ao conflito ucraniano, Putin ressaltou o grande futuro da emergente economia russa, que segundo ele fez um bom trabalho ao manter a dívida abaixo de 15% do PIB.
“A moeda russa está experimentando oscilações, estamos nos esforçando para manter essas mudanças em uma margem moderada e suportável”, acrescentou Putin, que recebeu muitas queixas de empresários chineses pelas dificuldades para se trabalhar no mercado russo.
“Não tenham medo, a Rússia é tão segura como outros países, como China ou a América do Norte”, garantiu o presidente.
Putin destacou o esforço de investimento russo em infraestrutura para melhorar as possibilidades empresariais no país, com projetos como a remodelação de sua ferrovia, a modernização de seus portos e o sistema de posicionamento global de fabricação russa (alternativo ao GPS americano e ao Beitou chinês).
O presidente também lembrou a criação de uma união aduaneira entre Rússia, Cazaquistão e Belarus (com a recente incorporação da Armênia), o que significará a unificação dos impostos para empresas localizadas nestas nações.
“Pode ser insignificante para a China mas para nós é enorme, porque temos nesta aliança uma população de 170 milhões de habitantes. A Armênia tem abundantes recursos minerais, Belarus é um mercado muito próximo à Europa e conta com um alto nível tecnológico”, afirmou.
Por último, Putin destacou a importância dos acordos entre Rússia e China para desenvolver seus laços comerciais com o uso de suas moedas (rublo e iuane), sem a mediação do dólar, algo que, afirmou, “é muito positivo para o comércio internacional”. EFE
abc/dk
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