Quase 200 refugiados saltam de trem que ia de Munique a Berlim
Berlim, 15 set (EFE).- Cerca de 180 refugiados saltaram nesta terça-feira do trem especial que os levava de Munique, no sul da Alemanha, a Berlim, antes de chegar ao seu destino na capital, informaram fontes da forças de segurança alemãs.
Jens Schobranksi, porta-voz da polícia, disse na emissora “RBB” que, dos 520 solicitantes de asilo que eram esperados na estação ferroviária berlinense só 340 chegaram.
Segundo as informações que a polícia já apurou, o freio de emergência foi ativado várias vezes quando o trem circulava pelas regiões de Leipzig e Delitzsch, no estado da Saxônia, assim como em Dessau (Saxônia-Anhalt), no leste do país.
Segundo Schobranski, os refugiados, que são distribuídos por diferentes centros de amparo primária em todo o país, não são escoltados pela polícia.
“A bordo dos trens viajam apenas funcionários da empresa de ferrovias, já que se parte do princípio de que os solicitantes de asilo estão interessados em chegar ao seu destino”, acrescentou.
Agentes da polícia local e federal assumiram agora as tarefas de busca das pessoas que saltaram do trem, indicou.
Dos 340 refugiados que chegaram a Berlim, 150 serão amparados em um antigo edifício ministerial do “Land” de Brandemburgo, indicou o Ministério do Interior desse estado federado, que rodeia a cidade-estado de Berlim.
Berlim receberá 190 solicitantes de asilo, que serão hospedados em um albergue provisório.
Outros 850 refugiados chegaram hoje à estação central de Munique inclusive depois do restabelecimento dos controles fronteiriços com a Áustria.
A polícia ainda está organizando os controles nas fronteiras, por isso ainda há trens que podem passar sem supervisão, indicou Wolfgang Hauner, porta-voz policial.
Está previsto que esta tarde cheguem outros dois trens com 500 solicitantes de asilo a bordo, acrescentou.
O plano é redistribuir os refugiados diretamente desde a cidade austríaca de Salzburgo e a cidade fronteiriça alemã de Freilassing em trens especiais para outros estados federados. EFE
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