Quase uma centena de detidos em incidentes eleitorais na África do Sul
Johanesburgo, 7 mai (EFE).- Até o momento 97 pessoas foram detidas em toda a África do Sul por incidentes relacionados com as eleições gerais realizadas nesta terça-feira no país.
“Houve alguns protestos esporádicos no dia das eleições da África do Sul, mas a polícia tem a situação sob controle”, declarou a chefe da polícia sul-africana, Riah Phiyega.
Um dos lugares mais conflituosos é o antigo gueto negro de Bekkersdal, no oeste de Johanesburgo, onde três colégios eleitorais foram incendiados durante a madrugada e onde o exército foi acionado para garantir que os cidadãos podem votar.
A região viveu vários protestos violentos nos últimos meses, que reivindicavam melhores serviços públicos.
No município de Maruleng, na província de Limpopo, no norte do país, moradores irados queimaram pneus e bloquearam estradas com árvores e pedras. Os eleitores conseguiram votar com horas de atraso depois de as forças da ordem acalmarem o local.
Os atrasos, embora por problemas logísticos, aconteceram também em mais de dois mil dos 22 mil colégios eleitorais de todo o país.
“As autoridades apreciam o espírito festivo e pacífico com que os cidadãos da África do Sul foram às urnas, apesar das longas filas em algumas partes do país”, afirmou o porta-voz da polícia , Solomon Makgale, em referência ao ambiente geral do país onde são frequentes os protestos violentas.
Os colégios eleitorais abriram hoje às 7h (locais, 2h em Brasília) e fecharão às 21h.
Os resultados provisórios d quem governará a África do Sul nos próximos cinco anos serão conhecidos na sexta-feira.
O atual presidente e líder do Congresso Nacional Africano (CNA), Jacob Zuma, é o principal favorito.
Seu partido, que governa ininterruptamente o país desde a queda do regime racista do “apartheid” em 1994, manterá previsivelmente sua maioria de mais de 60%, segundo as pesquisas de intenção de voto. EFE
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