Quatro em cada 10 crianças com microcefalia têm lesão ocular
Estudo sobre a microcefalia ainda não está completo, mas já conclui que 40% dos bebês que nasceram com suspeita de doença relacionada ao zika vírus também tiveram má formação nos olhos.
O parecer é da Fundação pernambucana Altino Ventura, que vem realizando mutirões de atendimento no Recife, estado que lidera o ranking de notificações. A última força-tarefa foi nesta segunda-feira. Desde dezembro, foram atendidos 79 recém-nascidos.
O desafio agora é entender o quanto essas lesões prejudicam de fato a visão das crianças e como o zika atua no globo ocular, explica a coordenadora do estudo. (Ouça detalhes no áudio acima).
-E as duas alterações mais comuns, segundo os pesquisadores, é a atrofia da retina, que parece uma espécie de cicatriz, e a alteração pigmentar, que são manchas na retina.
A oftamologista Camila Ventura explica que o nosso olho, desde que nascemos, se desenvolve graças à estimulos do mundo, olhar objetos, o rosto dos país, brinquedos coloridos.
No caso das crianças com suspeita de zika, esse trabalho precisa ser muito intenso para que a visão se desenvolva o máximo possível.
A Fundação Altino Ventura entregou ao Ministério da Saúde na sexta passada um relatório sobre as últimas descobertas sobre a relação entre zika vírus e problemas oculares.
A ideia é que o Governo possa se preparar, inclusive com infraestrura, para receber a nova geração de bebês que nascerão com microcefalia e, consequentemente, dificuldade para enxergar.
Procurado, O Ministério Público diz que ainda está analisando o documento.
Por Carolina Ercolin
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