Quatro homens são condenados na Alemanha por planejar atentado da Al Qaeda
Berlim, 13 nov (EFE).- A Audiência Territorial de Düsseldorf (oeste da Alemanha) condenou nesta quinta-feira a penas de entre quatro anos e meio e nove anos de prisão quatro homens por pertencer à Al Qaeda ou colaborar com a organização terrorista para perpetrar um atentado em 2011.
O longo processo judicial, que começou em julho de 2012, terminou hoje com a condenação de todos os acusados, que foram detidos quando a Polícia teve indícios de que preparavam uma potente bomba para fazê-la explodir em um local movimentado.
O principal acusado, Abdeladim O-K., de 33 anos, foi condenado a nove anos de prisão por pertencer a uma organização terrorista e planejar um delito contra a segurança do Estado.
Foi detido em abril de 2011 no apartamento que compartilhava nas proximidades da Universidade de Düsseldorf junto a outros dois dos condenados hoje, também por pertencer a uma organização terrorista.
O quarto acusado, que foi detido meses depois na cidade de Bochum, foi sentenciado por apoiá-los.
A investigação das forças de segurança que levou a estas detenções começou em novembro de 2010 com uma ligação recebida pelo Escritório Federal de Investigação Criminal (BKA) desde a região paquistanesa do Waziristão.
Um informante comunicou a presença na Alemanha de quatro homens da Al Qaeda dispostos a realizar um atentado, o que pôs os agentes na pista da chamada “célula de Düsseldorf”.
A BKA, em cooperação com os serviços secretos alemães, considerou crível a advertência e o alerta terrorista por parte do governo alemão foi ativado, que reforçou as medidas de segurança em estações de trem e aeroportos.
Segundo a acusação apresentada pela Promotoria no começo do julgamento há dois anos, os quatro homens queriam “semear o medo e o pânico na Alemanha”.
Entre os possíveis objetivos dos terroristas, que inclusive tinham preparado um texto para um vídeo reivindicativo, figuravam membros do Exército alemão e organizações criticas com o Islã, embora a investigação não possa determinar um alvo concreto. EFE
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