‘Quem vier para o Rio não estará seguro’, dizem policiais em protesto no Galeão
Cerca de 60 policiais civis, militares e bombeiros fazem uma manifestação, na manhã desta segunda feira (4), na área de desembarque do Terminal 2 do Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, o Galeão, na Ilha do Governador, na zona leste do Rio de Janeiro. Eles usam cartazes com frases escritas em inglês como “Bem-vindos ao inferno. Policiais e bombeiros estão sem receber salários. Quem vier para o Rio não estará seguro”.
Os manifestantes também espalharam no chão, em frente ao portão de desembarque de turistas, bonecos de policiais militares, civis e bombeiros, de costas, simbolizando a violência contra eles. Também há quadros com imagens de policiais feridos.
Eles gritam frases de repúdio ao governador em exercício, Francisco Dornelles (PP), e ao secretário de Segurança, José Mariano Beltrame. Os manifestantes denunciam aos turistas, além da falta de pagamento de ordenados, a estrutura precária de trabalho e as mortes de policiais e bombeiros por criminosos. Alguns usam nariz de palhaço. A segurança do aeroporto foi reforçada.
Os manifestantes começaram a chegar ao aeroporto por volta das 6 horas.
O bombeiro Vanderlei Duarte, da Associação SOS Bombeiros Rio de Janeiro, disse que o piquete é para mostrar aos turistas que as forças de segurança também viraram alvo do crime.
“Nós estamos morrendo. Os criminosos olham para a nossa identidade e nos matam. Como uma cidade que não tem segurança pode sediar os Jogos? Para a Olimpíada tem tudo, para a gente, nada”, bradou.
Alguns turistas que desembarcam no local param para tirar fotos do protesto.
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