“Queremos impedir a refavelização”, diz Haddad sobre ação da GCM

  • Por Estadão Conteúdo
  • 14/06/2016 18h55
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São Paulo - Pessoas em situação de rua na Praça da Sé, região central.(Rovena Rosa/Agência Brasil) Rovena Rosa/Agência Brasil Moradores de rua enfrentam madrugada mais fria em 12 anos em São Paulo

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), disse nesta terça-feira, 14, que a retirada de colchões e papelões pela Guarda Civil Municipal (GCM), conforme informou o jornal O Estado de S. Paulo, é uma estratégia para evitar a “refavelização” de praças públicas. Segundo Haddad, moradores em situação de rua de pelo menos 17 praças, como a da Sé e da Luz, já tiveram materiais retirados para evitar a formação de barracos.

“Qual é a orientação? Não deixar favelizar praças públicas”, explicou. “Fizemos a desfavelização de 17 praças públicas da cidade de São Paulo, sem nenhum higienismo. Todo mundo que estava na praça foi acolhido pelos equipamentos da Prefeitura. O que estamos tentando impedir é a refavelização, que acontecia com muita frequência”, afirmou. 

Nesta segunda, a GCM já havia informado que a ação é para evitar que a população de rua “privatize” espaços públicos, como calçadas. Oficialmente, a Prefeitura admite que colchões e papelões são retirados pela GCM. Duas medidas internas da Guarde regulamentam a remoção do material.

No entanto, embora seja autorizada a retirada de colchões e papelões, a remoção de cobertas não é permitida, destacou Haddad Segundo ele, a retirada de objetos pessoais, como “lençol, coberta, documentação e vestuário”, é proibida. “Nada disso pode ser tocado sequer. Essa é a orientação e o comandante da Guarda (Gilson Menezes) está instruído. Falo com ele todo dia sobre o assunto”.

Em caso de denúncia formal, segundo Haddad, um procedimento administrativo disciplinar é “imediatamente” aberto para investigar a conduta dos guardas civis. “Recebeu denúncia, abre procedimento disciplinar de quem tocou em objetos pessoais dos moradores em situação de rua. Isso é uma ordem expressa”, afirma

A administração disse que foram abertas 1,5 mil vagas emergenciais nas últimas semanas, quando as temperaturas começaram a cair na capital paulista. Nos últimos três anos, a gestão Haddad informa que criou duas mil vagas.

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