Rainha Elizabeth II lembra rendição do Japão na guerra em cerimônia solene
Londres, 15 ago (EFE).- A rainha Elizabeth II, acompanhada por seu marido, o duque de Edimburgo, assistiu neste sábado em Londres uma cerimônia solene para comemorar os 70 anos desde a rendição incondicional do Japão que propiciou o fim da Segunda Guerra Mundial.
A soberana, de 89 anos, junto com o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, e soldados veteranos da disputa, assistiu a um ato religioso na igreja de St Martin-in-the-Fields, na cêntrica Praça Trafalgar, no qual foram lembrados aos cerca de 30 mil soldados do Reino Unido que morreram na campanha contra o Japão.
“É importante remarcar esta data para honrar a memória das milhares de pessoas que morreram servindo nosso país, que ajudaram a preservar nossas liberdades”, disse Cameron aos meios de comunicação locais.
Muitos dos veteranos que hoje participaram dos atos de comemoração “sofreram ferimentos terríveis e foram submetidos a torturas”, ressaltou o primeiro-ministro.
“Minha geração não teve que sofrer nada parecido com aquilo por pelo o que passaram estas pessoas, que foram incrivelmente valentes”, acrescentou.
Após a cerimônia religiosa, Elizabeth II, vestida com um traje rosa e um chapéu, conversou perante a igreja com alguns dos 50 antigos prisioneiros de guerra britânicos que também compareceram ao ato, que concluiu com o hino britânico, “God Save the Queen” (“Deus salve a rainha”).
A soberana se deslocou a Londres para os atos de hoje desde o castelo de Balmoral, sua residência estival na Escócia.
A cerimônia religiosa foi seguida por uma exibição militar no campo de desfiles Horse Guards Parade, perto do palácio de Buckingham, à qual assistiram o príncipe Charles, herdeiro ao trono britânico, e sua esposa Camila, além do primeiro-ministro.
Acompanhados por veteranos da Segunda Guerra Mundial, os membros da família real contemplaram a passagem de diversos aviões militares de época.
Vigiados por milhares de cidadãos que se congregaram no centro da capital britânica, veteranos de guerra desfilaram mais tarde através da avenida Whitehall até a Abadia de Westminster, diante do parlamento britânico.
O Japão anunciou sua rendição incondicional em 14 de agosto de 1945, oito dias depois que a primeira bomba atômica da história devastasse Hiroshima e causoue a morte de 140 mil pessoas, e cinco depois que outra bomba similar matou 74 mil em Nagasaki.
As únicas armas nucleares que foram utilizadas até agora causaram uma destruição sem precedentes e o impacto da radiação japonesa deixou sequelas durante décadas na zona. EFE
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