Rainha Sofia foi um dos principais nomes do reinado de Juan Carlos

  • Por Agencia EFE
  • 02/06/2014 10h55
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Madri, 2 jun (EFE).- A rainha Sofia foi um dos principais apoios do rei Juan Carlos em seus 39 anos de reinado, tanto em sua atividade pública como em sua dedicação familiar.

A rainha, que completou em 2 de novembro de 2013 75 anos, intensificou nos últimos anos sua atividade oficial, sem se esquecer de atender toda a família real, especialmente diante das intervenções cirúrgicas às quais o rei foi submetido.

O monarca, em sua mensagem de hoje à nação, na qual anunciou sua abdicação, expressou sua gratidão à rainha por sua “colaboração e por seu generoso apoio”.

Em seus 52 anos de casamento com o rei da Espanha ocupou um papel relevante, acompanhando Juan Carlos de Bourbon naqueles atos institucionais que o requererão, ou bem sozinho.

O próprio monarca a definiu há alguns anos como “uma profissional”.

Solidária diante de dramas cotidianos e grandes tragédias humanitárias, a rainha reafirmou nos últimos tempos seu valor como fator de coesão para tornar visível a unidade de sua família diante das adversidades.

A dedicação à família foi sempre uma de suas grandes paixões.

Primogênita do Rei Pablo da Grécia, em 14 de maio de 1962 se casou em Atenas com Juan Carlos de Bourbon.

Dessa união nasceram três filhos, as infantas Elena (1963) e Cristina (1965) e o príncipe Felipe, em 1968, que desde 1977 é Príncipe das Astúrias, título que corresponde ao herdeiro da Coroa da Espanha.

Nos últimos tempos, a rainha Sofia mostrou sua proximidade com a sua filha pequena, a infanta Cristina.

Após a acusação de Iñaki Urdangarin, marido da infanta Cristina, por um caso de corrupção, e a viagem do Rei a Botsuana em plena crise econômica na Espanha, a rainha se esforçou, como mãe e avó, para propiciar ocasiões para mostrar publicamente essa imagem.

Além disso, destaca-se o incansável papel da monarca como defensora das entidades dedicadas à solidariedade e à promoção da cultura.

Sofia percorreu 34 países em 17 anos e seu principal compromisso é a Fundação Rainha Sofia, entidade que preside desde 1977 com uma atividade que cresce cada ano.

Durante as últimas duas décadas, à frente da Fundação Rainha Sofia, promoveu projetos educativos, sanitários e humanitários para ajudar crianças, idosos, imigrantes e incapacitados na América Latina, África e Oriente Médio, mas também na Espanha, onde, nos últimos anos, ofereceu um crescente apoio aos mais desfavorecidos pela crise econômica.

No ano passado, viajou para Moçambique para uma visita centrada em temas relacionados com a cooperação; para Lisboa a uma conferência internacional sobre crianças desaparecidos e explorados sexualmente, e a Nova York para receber o Prêmio Roosevelt.

Recentemente, em março, a rainha visitou na Guatemala os projetos da cooperação espanhola no país centro-americano.

Sofia da Grécia precisou viver no exílio sendo muito pequena, durante cinco anos (1941 a 1946) e conheceu em 1954 a Juan Carlos de Bourbon durante um cruzeiro pelas ilhas gregas com outros membros da realeza europeia.

O compromisso de casamento foi anunciado em 12 de setembro de 1961 e o casamento foi celebrado em Atenas em 14 de maio de 1962, com cerimônias ortodoxa e católica.

Ao chegar à Espanha, Juan Carlos e Sofía se instalaram no Palácio da Zarzuela, e a partir daí, a nova princesa espanhola começou a se integrar plenamente na vida do país do qual se tornaria rainha. EFE

aam/tr

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