Rajoy: “Espanha não vai negar o direito de asilo a ninguém”

  • Por Agencia EFE
  • 04/09/2015 22h39
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Madri, 4 set (EFE).- O presidente do Governo da Espanha, Mariano Rajoy, garantiu nesta sexta-feira que a Espanha “não vai negar o direito de asilo a ninguém” e se mostrou convencido de que vão atuar da mesma forma os demais parceiros da União Europeia (UE).

Rajoy expressou a total solidariedade da Espanha com os refugiados na entrevista coletiva que ofereceu junto com o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, após a reunião que ambos tiveram no Palácio de Moncloa, sede do governo espanhol.

O chefe do Executivo destacou que a Espanha cumprirá seus compromissos com a UE e, em relação ao número de refugiados que poderiam ser recebidos, pediu para esperar a reunião que terão no dia 14 de setembro os ministros de Interior europeus.

“A Europa não pode renunciar de modo nenhum a dar asilo àquelas pessoas que tenham direito. Receber pessoas que são perseguidas em seu país é um dever moral”, insistiu.

Embora tenha dito que não há nenhum comunicado oficial da Comissão Europeia sobre o número de refugiados que a Espanha deva receber, lembrou que ele já mostrou seu apoio a um sistema de cotas, apesar de ter ponderado que só servirá para resolver um problema pontual.

“Temos que acabar com a política de enfrentar os problemas quando só têm uma solução muito difícil. Vou voltar a pedir à Comissão Europeia que é preciso ter uma visão de meio e longo prazo”, disse.

Ele ressaltou que seu governo aprovou hoje a criação de uma comissão interministerial para analisar a questão dos refugiados antes da reunião de 14 de setembro.

Rajoy disse que um ponto diferente ao dos refugiados é o dos imigrantes ilegais por razões econômicas, e nisto também defendeu também uma atuação global da UE.

Ele lembrou a experiência espanhola nesta matéria e defendeu um plano da UE que fixe uma cooperação econômica com os países de origem e de trânsito deste fenômeno, que seja acompanhado de uma luta comum contra as máfias pelos países da UE e da União Africana, além de um plano de retorno. EFE

bb/cd

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