Ramo egípcio do EI reivindica atentado contra um quartel no Cairo

  • Por Agencia EFE
  • 20/08/2015 07h19
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Cairo, 20 ago (EFE).- O ramo egípcio do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) assumiu nesta quinta-feira a autoria do atentado com carro-bomba contra o quartel das Forças da Segurança Nacional no bairro de Shubra al Kheima, no Cairo, que deixou 29 feridos.

Um comunicado divulgado nas redes sociais, cuja autenticidade não pôde ser verificada, afirmou que os “soldados do califado” atentaram contra a sede de segurança, embora horas antes um grupo desconhecido também tenha reivindicado o ataque, o que criou certa confusão.

O ramo egípcio do EI alegou que a operação foi uma vingança por “todos os mártires muçulmanos” e em particular pelos seis membros do grupo extremista que foram executados em maio após serem condenados por um tribunal militar por atacarem soldados e policiais, caso que ficou conhecido como “Arab Sharkas”.

“Para que saibam os apóstatas de Interior e do Exército que nós não esquecemos nossa vingança e nos comprometemos diante de Deus a não descansar enquanto houver em suas mãos um prisioneiro”, advertiu a nota.

A filial egípcia do EI ameaçou perpetrar mais ações terroristas e ressaltou que atacarão “todos que tem as mãos manchadas com sangue dos muçulmanos e dos mujahedins”.

A esta reivindicação se soma a realizada por um grupo até agora desconhecido e chamado “Al Kutla al Sauda” (Bloco Negro), que anunciou sua “total e completa responsabilidade” e revelou que continuarão a agir se os detidos sem acusações no Egito não forem libertados.

A explosão do carro-bomba teve como alvo o quartel das Forças da Segurança Nacional, que são os serviços de inteligência, encarregados dos casos de terrorismo e espionagem, entre outros.

Pelo menos 29 pessoas ficaram feridas, entre elas seis policiais, pelo potente explosão, que provocou destroços no edifício de quatro plantas e em 20 carros estacionados na área.

O Ministério do Interior informou que um homem estacionou o carro -bomba em frente ao edifício de segurança e depois fugiu com outro em uma motocicleta que o seguia, e acionou a carga explosiva por controle remoto.

Os ataques terroristas aumentaram no Egito, principalmente contra as forças de segurança, desde o golpe militar de 3 de julho de 2013 que derrubou oo então presidente, o islamita Mohammed Mursi. EFE

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