Ratos, insetos e falta de papel e tôner: os efeitos do ajuste em agência do INSS

  • Por Jovem Pan
  • 21/05/2015 11h42

Servidor anônimo do INSS enviou à reportagem fotos de ratos encontrados em agência na zona oeste de São Paulo; ele diz que problema se alastra desde 2011; três roedores foram mortos apenas em abril

Reprodução Rato encontrado morto em agência do INSS em São Paulo

Agências da Previdência Social sentem os primeiros efeitos do ajuste fiscal implantado pela União no ano de 2015. Os servidores são obrigados a conviver com equipamentos de informática quebrados e a falta de materiais básicos para o trabalho.

O problema pode deixar mais lento o atendimento à população que procura os postos do INSS todos os dias.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Previdência Social no Estado de São Paulo, Pedro Luís Totti, acrescenta que os cortes ocorrem também em serviços de limpeza e de vigilância.

“Eles estão diminuindo postos de trabalho, atrasando pagamentos de contas de água, de luz, fora as questões de materiais de consumo, como toner de impressora e papel”, relata Totti. Estes materiais, afirma o sindicalista, deve durar mais dois meses no máximo e “não existe previsão de novas compras”.

De acordo com a entidade, os cortes no Orçamento federal tem provocado atrasos inclusive em serviços de dedetização nos postos do INSS.

Na agência localizada na Avenida Vital Brasil, na Zona Oeste de São Paulo, é frequente o aparecimento de ratos e outros insetos na área destinada aos funcionários.

O servidor Rafael Eduardo Monteiro da Silva afirma que os roedores tem tirado o sossego de quem trabalha no local. “Insetos, moscas, os ratos aparecem mortos por toda agência”, conta Silva. “Só no mês de abril, nós matamos três ratos”, disse. “Durante a madrugada, eles (os roedores) correm pela agência”.

Outro lado

Em nota, a Previdência Social justifica a presença de ratos e pragas pela proximidade da agência na Vital Brasil com o Rio Pinheiros.

O INSS informou que a desinsetização e a desratização no local são feitas duas vezes por ano e que a primeira está prevista para ocorrer ainda neste mês.

Em relação a falta de materiais e possíveis cortes orçamentários, o órgão não se manifestou sobre o assunto.

Informações do repórter JP Anderson Costa

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