Raúl Castro afirma que paz na Colômbia é “possível e indispensável”

Havana, 23 set (EFE).- O presidente cubano, Raúl Castro, afirmou nesta quarta-feira que a paz na Colômbia é “possível” e “indispensável”, e garantiu que não descansará até que se alcance esse objetivo, em seu discurso depois que o governo colombiano e as Farc anunciaram a criação de uma jurisdição especial para a paz.

Raúl Castro participou hoje junto ao presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, e o líder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Rodrigo Londoño, conhecido como “Timochenko”, no ato no qual se anunciou este acordo-chave para alcançar a paz.

Após felicitar Santos e “Timochenko” pelos importantes acordos anunciados nesta quarta-feira, Castro declarou que “a paz na Colômbia não só é possível, é indispensável, mas requer grande esforço e vontade como estão demonstrando as duas partes”.

Também manifestou que o “profundo respeito às posições das duas partes, a absoluta imparcialidade, a discrição e o apoio firme, consistente e solidário continuarão caracterizando a modesta contribuição de Cuba ao processo de paz”, como país fiador dos diálogos, junto com a Alemanha.

Mesmo considerando que “ainda restam dificuldades enormes a superar” no caminho rumo à paz na Colômbia, Raúl Castro disse ter “a certeza que serão vencidas”.

O acordo sobre justiça assinado hoje contempla, entre outros aspectos, uma anistia para delitos políticos, a criação de um tribunal especial para a paz, e estabelece que a guerrilha deverá entregar as armas em um prazo de 60 dias após a assinatura do acordo definitivo.

Este anúncio sobre justiça transicional é um dos avanços mais importantes alcançados neste processo de paz e permitiu às partes aproximar-se da assinatura de um acordo de paz definitivo em um prazo de seis meses, segundo antecipou o presidente Santos. EFE

rmo/rsd