Rebeldes da Síria dizem desconhecer existência do grupo Khorasan no país

  • Por Agencia EFE
  • 24/09/2014 08h24

Beirute, 24 set (EFE).- Rebeldes e opositores sírios afirmaram nesta quarta-feira que desconhecem a existência de um grupo denominado Khorasan, que seria vinculado à Al Qaeda e operaria na Síria, de acordo com os EUA, que anunciaram ontem ter atacado algumas de suas posições.

O porta-voz da principal aliança armada islamita da Síria, a Frente Islâmica, Islã Aloush, disse à Agência Efe que não dispõe de nenhuma informação sobre a organização e que, de fato, esta é a primeira vez que ouve falar de sua existência.

Na madrugada da segunda-feira, aviões da coalizão internacional, liderada pelos Estados Unidos, aproveitaram o início da ofensiva em solo sírio contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) para atacar também alvos do Khorasan na fronteira entre as províncias de Aleppo e Idlib.

Segundo o Pentágono e o presidente americano, Barack Obama, a Khorasan é uma célula de veteranos da Al Qaeda que pertence à Frente al Nusra, braço da rede terrorista na Síria, e planejava um ataque “iminente” contra os EUA e interesses ocidentais.

Um ativista da Frente Islâmica em Aleppo, que pediu anonimato, disse à Efe que se uniu à luta armada da oposição síria em abril de 2012 e conheceu todos os grupos que atuam no país, mas “jamais” escutou o nome Khorasan.

A fonte opinou que os EUA seguirão bombardeando alvos da Frente al Nusra na Síria.

Na cidade de Jan Shijun, na província de Idlib, o ativista Mohammed Abdu afirmou que na região onde vive nunca se soube sobre a presença da organização Khorasan.

Abdu não descartou, além disso, que os aviões da coalizão não só ataquem posições do EI e da Frente al Nusra, mas de outras facções islamitas com grande apoio popular, como os Livres de Sham (Levante), que se opõem à intervenção americana.

Os Livres de Sham são uma das principais formações que integram a Frente Islâmica. O porta-voz do grupo se recusou “por enquanto” a fazer comentários sobre a ofensiva dos EUA. EFE

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