Rebeldes do Boko Haram atacam instalações militares no norte da Nigéria

  • Por Agencia EFE
  • 14/03/2014 11h43

Lagos, 14 mar (EFE).- Rebeldes do grupo radical islâmico Boko Haram atacaram nesta sexta-feira instalações militares em Maiduguri, a capital do estado nigeriano de Borno, base espiritual dos fundamentalistas, informou o exército da Nigéria.

O porta-voz militar Chris Olukolade afirmou, em comunicado, que o exército reagiu ao ataque ao centro de detenção militar “com sucesso e com muitas vítimas entre os terroristas”, sem detalhar quantas.

Muitos dos rebeldes foram assassinados e capturados com suas armas, disse Olukolade, sem fornecer mais detalhes.

Quatro soldados ficaram feridos e recebem tratamento no hospital.

Paralelamente, os soldados continuam perseguindo os rebeldes “em operações terrestres e aéreas”, além de ter isolado e registrado as imediações.

“Aparentemente, em uma tentativa de aumentar sua população dizimada, grupos de terroristas atacaram nesta manhã uma zona militar em Maiduguri a fim de libertar companheiros detidos na prisão”, explicou o porta-voz.

Olukolade se mostrou convencido de que essa ofensiva é “em resposta à intensidade dos ataques contra as fortificações dos insurgentes nos acampamentos em Talala, Monguzum, nas florestas Sambisa e Gwoza, nas montanhas de Mandasse e ao redor do lago Chade”.

Vários acampamentos foram destruídos e muitos insurgentes foram mortos pelo Exército, disse.

Maiduguri foi sacudida por fortes explosões na madrugada de hoje, antes de os disparos causarem confusão em toda a cidade.

Desde 2009, quando a polícia acabou com o líder do Boko Haram, Mohammed Yousef, os radicais mantêm uma sangrenta campanha que deixou mais de 3 mil mortos.

Durante os três primeiros meses do ano, a campanha se intensificou notavelmente, com assassinatos diários, roubos e destruição de escolas e casas nos estados de Borno, Yobe e Adamawa.

Desde maio do ano passado, a Nigéria realiza uma ofensiva antiterrorista nesses três estados, que estão em estado de alerta.

Boko Haram, cujo nome significa em línguas locais “educação não islâmica é pecado”, luta para impor a “sharia” ou lei islâmica na Nigéria, de maioria muçulmana no norte e predominantemente cristã no sul. EFE

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