Rebeldes tuaregues do Mali assinam acordo de paz com governo de Bamaco

  • Por Agencia EFE
  • 20/06/2015 15h25
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Bamaco, 20 jun (EFE).- A Coordenadoria de Movimentos do Azawad (CMA), que representa os rebeldes tuaregues, assinou neste sábado em Bamaco o Acordo de Paz e Reconciliação Nacional após árduas negociações com o governo do Mali.

Entre os presentes na cerimônia estava Sidi Brahim Ould Sidati, dirigente do Movimento Árabe do Azawad (MAA), que após assinar o acordo apertou a mão do presidente do Mali, Ibrahim Boubacar Keita.

Também participaram da cerimônia o ministro das Relações Exteriores e de Cooperação malinês, Adulaye Diop, e o vice-presidente do Movimento Nacional de Libertação do Azawad (MNLA), Mamadu Djeri Maigua, que em nome da CMA ressaltou que “a paz não será alcançada através de uma assinatura”.

Por sua parte, Harouna Toureh, chefe das milícias pró-Bamaco agrupadas na chamada Plataforma, reiterou seu compromisso de avançar rumo à paz e fez um pedido a todas as partes para deixar as armas e “atuar com responsabilidade”.

O Acordo de Paz e Reconciliação Nacional foi assinado no último dia 15 de maio em Bamaco pelo governo e os tuaregue pró-governo, mas a CMA não assinou por considerar que suas exigências (em termos de autogoverno, desmobilização de tropas e garantias para seus combatentes, principalmente) não estavam satisfeitas.

Desde então aconteceu um intenso trabalho de persuasão realizado principalmente pela chamada “mediação internacional”, liderada pela Argélia, país onde no dia 5 de junho a CMA e o governo de Bamaco assinaram dois documentos considerados o passo prévio ao acordo de paz de hoje.

A assinatura da CMA não garante por si só a paz no Mali, pois segue aberto o conflito do jihadismo, que também está reconfigurando suas alianças nesta área, nesta particular luta entre Al Qaeda e o grupo terrorista Estado Islâmico. EFE

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