Receita já pegou seis vezes mais cocaína no porto de Santos este ano que em 2015
A Receita bateu um recorde no porto de Santos. A quantidade de drogas apreendidas por seus fiscais, em ações com a Polícia Federal, já superou 6 toneladas. É um recorde. O volume é quase 6 vezes maior que o registrado em todo o ano passado.
A mais recente apreensão ocorreu no domingo, 18, quando foram encontradas 11 sacolas contendo aproximadamente 322 quilos de cocaína em um contêiner que tinha como destino o porto de Le Havre, na França.
Todas as apreensões de entorpecentes realizadas em 2016 foram de cocaína. Em geral, a droga estava escondida em contêineres que transportavam outros tipos de carga e tinham como destino ou passariam por portos da Europa.
A inserção de drogas em contêineres com cargas regulares sem o conhecimento dos proprietários é uma técnica conhecida como “rip off loading”.
As cargas utilizadas pelos traficantes foram as mais diversas, como café solúvel, argamassa e farelo vegetal.
A Receita informou que as apreensões “são fruto do aprimoramento das técnicas de análise e gerenciamento de risco aliadas ao uso intensivo de tecnologia”.
“Uma central monitora os recintos alfandegados. A análise de imagens de escâneres e o uso de cães de faro também fazem parte do trabalho desenvolvido pelos auditores-fiscais e analistas-tributários do órgão”, destaca a Receita.
Os arquivos da Receita indicam as maiores apreensões. No dia 9 de setembro, foram recolhidas várias bolsas que continham mais de uma tonelada de cocaína. A droga estava escondida em três contêineres com sucata de metais e vidro. O destino era o porto de Antuérpia, na Bélgica.
Em 2 de setembro, a Receita encontrou mais de 600 quilos de cocaína em bolsas que estavam dentro de um contêiner com carga de açúcar. O destino era o porto de Tunísia, na África, com passagem pelo porto de Gioia Tauro, na Itália.
No dia 31 de agosto, foi realizada a maior apreensão dos últimos anos: 1,5 tonelada de cocaína. A droga estava oculta em contêineres que transportavam pisos e bobinas de papel. O destino era o porto de Antuérpia, na Bélgica.
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