Reeleito presidente, Khama toma posse em Botsuana
Johanesburgo, 28 out (EFE).- O presidente reeleito de Botsuana, Ian Khama, tomou posse nesta terça-feira na capital do país, Gaberone, após revalidar na sexta-feira seu mandato nas eleições gerais vencidas pelo Partido Democrático de Botsuana (BDP, sigla em inglês).
Khama jurou o cargo na sede do parlamento com a presença dos deputados escolhidos no pleito, que deram a vitória ao seu partido com 37 cadeiras, frente aos 17 obtidos pela opositora Coalizão pela Mudança Democrática (UDC), informou o governo de Botsuana em sua conta oficial em Twitter.
A UDC protagonizou um grande aumento de apoios e se consolidou como primeira força de oposição nessas eleições, as mais apertadas da história do país, governado pelo BDP desde a independência do Reino Unido, em 1966.
“Ganhamos outras eleições que, mais uma vez, demonstraram nosso compromisso com os processos e valores democráticos, nos quais temos fundamentado nosso progresso pacífico nas últimas cinco décadas”, disse em seu discurso Khama, que chegou ao poder em 2008. Botsuana é considerada a democracia mais estável da África.
Khama, criticado nos últimos anos por autoritarismo, mencionou entre suas prioridades a “redução da pobreza” e a “criação de postos de trabalho”. Além disso, destacou a normalidade democrática das eleições, elogiadas por observadores internacionais.
Ian Khama, de 61 anos, é filho do primeiro presidente de Botsuana, Seretse Khama, também líder do BDP e a quem sucedeu no cargo em 2008.
A economia de Botsuana, o maior exportador de diamantes brutos do mundo, cresce com um ritmo de 6%, segundo dados do Banco Mundial.
No entanto, a grande dependência da venda de diamantes (que representa cerca de 80% das exportações) levou o país sofrer grandes recuos na economia nos últimos anos, a mais grave delas em 2009, quando reduziu o crescimento em 7,8%. Por isso, Khama afirmou que um de seus objetivos será a diversificação da economia.
Embora a valiosa matéria-prima tenha trazido grandes benefícios a um país em que cerca da metade da população subiu para a classe média, não foi possível superar as graves desigualdades nem elevar a alarmante expectativa de vida, de apenas 47 anos. EFE
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