Refugiados palestinos protestam no Líbano contra cortes nos serviços da ONU

  • Por Agencia EFE
  • 14/08/2015 16h38

Beirute, 14 ago (EFE). Refugiados palestinos se manifestaram nesta sexta-feira no Líbano contra os cortes das ajudas recebidas e o déficit da agência da Organização das Nações Unidas (ONU) que se encarrega deles (UNRWA), que advertiu que o começo do ano letivo poderia atrasar pela falta de recursos.

Conforme informou a imprensa libanesa, os protestos aconteceram em vários campos de refugiados de Sidon, no sul, e na frente do escritório da Agência das Nações Unidas para a Ajuda aos Refugiados Palestinos (UNRWA) na cidade homônima. Centenas de manifestantes, entre eles representantes das distintas facções palestinas, sindicalistas e estudantes, levaram cartazes com frases como “Não ao fim da missão da UNRWA”.

O vice-presidente do sindicato dos trabalhadores locais da UNRWA, Jamal Charidi, afirmou durante o protesto que atrasar o começo do ano letivo seria uma decisão arbitrária e discriminatória.

“É um duro golpe para o povo palestino e não é possível pôr fim à missão da UNRWA até que se encontre uma solução justa para os refugiados”, disse Charidi.

Em julho, a UNRWA alertou sobre o “crescente risco” de ter de atrasar o começo das aulas em 700 colégios para refugiados palestinos no Oriente Médio, caso não conseguisse sanar o déficit de US$ 101 milhões, para o qual pediu doações urgentes.

Manifestações similares aconteceram hoje na cidade de Tiro, também no sul do país, e em outras regiões libanesas onde existem campos de refugiados palestinos. A ONU estima que o Líbano tenha mais de 400 mil refugiados palestinos, aos que agora se somam muitos outros que estavam na Síria e tiveram que fugir por conta da guerra dos últimos quatro anos.

A UNRWA opera em Jordânia, Síria, Líbano, Faixa de Gaza e Cisjordânia, onde se encontram a maior parte dos 5 milhões de refugiados palestinos. EFE

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