Regime de recuperação vai ser assinado de qualquer maneira, diz Pezão

  • Por Estadão Conteúdo
  • 18/05/2017 17h46
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Governador Luiz Fernando Pezão e prefeitos discutem medidas contra a crise econômica nas cidades no entorno do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro em reunião no Palácio Guanabara (Fernando Frazão/Agência Brasil) Fernando Frazão/Agência Brasil Luiz Fernando Pezão - Ag Brasil

O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), afirmou nesta quinta-feira (18), acreditar que o regime de recuperação fiscal dos governos dos Estados, aprovado nesta quarta-feira (17), no Congresso, será sancionado pelo presidente Michel Temer ou por quem venha a substituí-lo, caso ele deixe a Presidência da República. 

“É um projeto aprovado na Câmara e no Senado. Tenho certeza de que o presidente que estiver lá vai sancionar o projeto de lei.. O próprio presidente Michel Temer se chegou em tempo… O presidente da Câmara Rodrigo Maia DEM-RJ me disse que ele Temer iria sancionar ainda hoje”, afirmou Pezão, após participar do XXIX Fórum Nacional, na capital fluminense.

Ele disse que se reuniu pela manhã com os secretários de Estado e que, por isso, não tomou conhecimento dos detalhes da crise política provocada pela delação do empresário da JBS Joesley Batista contra Temer. “Tem que esperar o fato acontecer. É triste porque uma das grandes características que ele Temer demonstrou é ter a governabilidade através do Congresso Nacional, tanto na Câmara como no Senado. O País há muitos anos não tem uma base tão forte para aprovar reformas. Estados e municípios não sobrevivem sem a reforma da Previdência”, disse Pezão.

Em seguida, afirmou ter ficado surpreso com as denúncias. “O Brasil inteiro ficou”, complementou. O governador do Rio afirmou ainda que encaminhará três projetos de lei de reforma fiscal à Assembleia Legislativa (Alerj), o mais rapidamente possível, para que tenha acesso ao dinheiro da União no prazo de 45 a 60 dias. Entre os projetos que passarão pelo crivo dos deputados estaduais, está o relativo ao aumento da alíquota de contribuição previdenciária dos funcionários públicos estaduais de 11% para 14%. O segundo seria a adesão à lei aprovada no Congresso. Pezão não divulgou a terceira proposta. 

Perguntado sobre o financiamento da sua campanha eleitoral pela JBS, a principal doadora dele em 2014, o governador disse que não tem o que esconder e que as doações são públicas.

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