Regime sírio perde controle de Idlib perante avanço dos islamitas

  • Por Agencia EFE
  • 06/06/2015 10h23

Cairo, 6 jun (EFE).- A Frente al Nusra, filial síria da Al Qaeda, e facções rebeldes islamitas aliadas ganharam terreno novamente neste sábado na província de Idlib, onde as forças do regime de Bashar al Assad perderam o controle sobre quase todo o território.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos informou que nos combates registrados nesta área nas últimas 24 horas morreram pelo menos 32 soldados governamentais e 13 insurgentes.

Os islamitas tomaram o controle da cidade de Muhambel, das áreas de Tal Hamki, Basanqul, Ain al Hamra e Yana al Qora, e de dois postos de segurança importantes do regime.

Um desses postos de controle é o de Maazara, o principal das autoridades em Idlib, e outro o de Yanqara, situado na estrada que conduz à província de Latakia.

Segundo o Observatório, o regime só mantém em seu poder as áreas de Al Qarqur e Fariqa, alguns povoados menores no limite entre Idlib e a província de Hama, as localidades de maioria xiita de Qafreya e Al Fuá, e o aeroporto militar de Abul Duhur.

As tropas leais a Assad recuaram hoje em direção a várias áreas de Hama, e a aviação militar bombardeou os arredores dos povoados de Kafr Awaida e Al Zawiya.

Nos últimos dias mais de 6.000 combatentes iranianos, afegãos e iraquianos chegaram ao noroeste de Hama para ajudar o exército sírio a recuperar terreno em Idlib, objetivo no qual fracassaram, acrescentou o Observatório.

No final de março, a Frente al Nusra e outros grupos dominaram a cidade de Idlib, que se transformou na segunda capital provincial que ficou fora do controle do regime depois de Al Raqqah, controlada pela organização terrorista Estado Islâmico (EI).

Na cidade de Idlib, a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) informou hoje que três mísseis disparados pelas forças do regime impactaram perto de um hospital de campanha na quinta-feira passada.

Pelo menos 130 pessoas ficaram feridas neste ataque, mas o centro médico, com apenas 12 camas, só pôde atender cerca de 80, segundo o testemunho de um médico que pediu anonimato.

O MSF denunciou ainda que no final do último mês de maio foram registrados outros ataques em Idlib, incluídos três com gás cloro, que afetaram 136 pessoas. EFE

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