Rei da Espanha reduz seu salário em 20%

Madri, 10 fev (EFE).- O rei Felipe VI da Espanha decidiu reduzir o próprio salário em 20% em 2015, para 234.204 euros (R$ 747.878) brutos anuais.

O ordenado da rainha Letizia também sofreu reajuste. Ela passará a receber 128.808 euros (R$ 410.993), menos do que seu sogro, o rei Juan Carlos I, que ganhará 187.356 euros (R$ 597.901). Já a mãe de Felipe VI, a rainha Sofía, terá 105.396 euros (R$ 336.291) anuais, conforme dados da Casa do Rei divulgados nesta terça-feira.

Em seu site, a Casa do Rei publica a distribuição orçamentária dos 7.775.040 euros (R$ 24.808.174) determinados no orçamento geral do Estado para a monarquia no país, o mesmo montante de 2014. Conforme estabelecido pela Constituição espanhola, o rei e chefe de Estado distribui livremente a quantidade.

Um porta-voz do Palácio da Zarzuela, a residência oficial do rei, explicou que na hora de fixar a redução de Felipe VI foram levados em conta os salários que representantes das altas instituições espanholas recebem e os valores ganhos por chefes de Estado de outros países, como a Alemanha e Itália, e demais reis das monarquias europeias.

No caso do rei Juan Carlos ocorreu o mesmo. Foram avaliados os salários de outros monarcas que também abdicaram do trono, assim como ele fez em junho do ano passado.

Os salários da família real, determinados pelo próprio monarca, foram diminuindo desde 2011, quando superavam os 800.000 euros (R$ 2.552.596). Agora, os quatro membros da família real espanhola terão a menor remuneração conjunta se comparada a outras famílias reais da Europa.

A Casa Real prevê para 2015 um considerável aumento do fundo de contingência, de 50.709 (R$ 161.799) a 155.500 euros (R$ 496.160), e dos investimentos, que também sobem de 50.000 euros (R$ 159.537) a 190.606 (R$ 608.175). Em ambos os casos isso ocorre para fazer frente à modernização tecnológica da instituição, com a qual o novo rei se comprometeu.

O porta-voz do Palácio da Zarzuela também explicou que Felipe VI preferiu diminuir as quantidades para a família real e despesas de pessoal a fim de dispor de mais recursos para dedicar a projetos de inovação e modernização. EFE