Rei da Jordânia defende ações contra o EI e pede união a muçulmanos
Nações Unidas, 24 set (EFE).- O rei Abdullah II da Jordânia defendeu nesta quarta-feira a necessidade de responder à ameaça terrorista do Estado Islâmico (EI) e de outros grupos em países como o Iraque e a Síria, e convocou todos os muçulmanos a se unir contra os extremistas.
“Terroristas e criminosos que hoje atacam a Síria, o Iraque e outros países são reflexos extremos de uma ameaça global. Nossa comunidade internacional precisa de uma estratégia coletiva para conter e derrotar esses grupos”, disse o monarca do país, que é uma das nações árabes que fazem parte da coalizão liderada pelos Estados Unidos contra o EI.
Segundo Abdullah II, o destino do mundo está sendo jogado no Oriente Médio, por isso é necessário elaborar “medidas humanitárias e de segurança urgentes para criar soluções sustentáveis às crises de hoje”.
“Os que dizem que isso não é um assunto deles estão errados”, criticou o monarca, que pediu união contra os extremistas.
Abdullah II chamou os líderes muçulmanos e de outros países a “trabalhar juntos contra as falsidades e os atos de divisão”.
Além disso, anunciou que a Jordânia apresentará uma proposta de resolução na ONU para a criação de um novo crime internacional com base nos “aberrantes novos atentados contra as comunidades religiosas vistos recentemente na Síria e Iraque”.
“As doutrinas do verdadeiro Islã são claras: o conflito e a luta sectária estão totalmente condenados. O Islã proíbe a violência contra os cristãos e outras comunidades”, ressaltou.
Para terminar com a guerra na Síria, o rei da Jordânia defendeu a necessidade de impulsionar uma solução política de consenso, e convocou a comunidade internacional a buscar fórmulas para recolocar o regime de Damasco e a oposição de moderada na mesa de negociação.
Ele também pediu ajuda para lidar com a migração em massa de refugiados ao seu país. A Jordânia já acolhe 1,4 milhões de sírios e, segundo o monarca, a resposta internacional não tem sido suficiente.
O rei da Jordânia fez menção, além disso, à última crise de Gaza e afirmou que será impossível resolver o futuro da região enquanto seu “conflito central” não for encerrado. EFE
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