Rei maori da Nova Zelândia se recusa a receber príncipe William

  • Por Agencia EFE
  • 04/03/2014 03h43

Sydney (Austrália), 4 mar (EFE).- O rei maori, o povo nativo da Nova Zelândia, se recusou a receber o príncipe William durante sua visita em abril ao país por considerar que o tempo previsto para a recepção é insuficiente para as necessidades de protocolo, informou nesta terça-feira a imprensa local.

O duque de Cambridge tinha previsto se reunir por 90 minutos com o rei Tuheitia em Turangawaewae, na Ilha do Norte, durante a viagem que o herdeiro ao trono britânico realizará no país da Oceania entre os dias 7 e 16 de abril com sua esposa Kate e seu filho, o príncipe George.

O primeiro-ministro neozelandês, John Key, lamentou a decisão da realeza maori, que atribuiu aos conselheiros dessa monarquia indígena.

“Era muito mais tempo do que (William) terá em qualquer outro compromisso, mas o povo do rei Tuheitia considerou que não era suficiente e decidiu que não o atenderão”, disse Key em declarações divulgadas pelo jornal “New Zealand Herald”.

“É uma questão sua (do povo maori) decidir o que querem, mas no final (o príncipe William) tem uma agenda muito apertada. Acreditava que (90 minutos) era bastante generoso”, acrescentou Key.

A monarquia maori foi estabelecida em 1858 por várias tribos da Ilha do Norte com o objetivo de fortalecer sua unidade diante da perda de terras frente aos colonos europeus e escolher um representante que estivesse em plano de igualdade para negociar com a rainha Victoria.

O cargo não tem nenhum papel constitucional nem poderes legais na Nova Zelândia, mas seu caráter cerimonial tem uma importância simbólica reconhecida por várias tribos maori.

Tuheitia foi proclamado rei em 2006 e é o sétimo monarca da comunidade nativa neozelandesa.

Depois da Nova Zelândia, o casal real irá para a Austrália, onde farão uma visita entre os dias 16 e 25 de abril.

Esta será a primeira aparição no exterior do príncipe George, de 8 meses, que viajará junto com seu pai depois de receber a permissão da rainha Elisabeth II, devido às normas de protocolo que impedem que dois herdeiros da coroa viajem no mesmo avião. EFE

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