Rei saudita visita mesquita de Meca após acidente com mais de 100 mortos
Riad, 12 set (EFE).- O rei saudita, Salman bin Abdelaziz, visitou neste sábado a Grande Mesquita de Meca para comprovar no terreno as consequências do acidente ocorrido na sexta-feira, quando a queda de um guindaste deixou mais de cem mortos.
Durante sua visita, o monarca falou com responsáveis locais sobre as causas do acidente e os possíveis danos provocados no templo, o mais sagrado do islã, segundo um comunicado da agência oficial saudita “SPA”.
Salman disse que uma vez concluídas as investigações, serão revelados os resultados e expressou suas condolências às famílias dos falecidos.
Além disso, se dirigiu ao hospital de Meca para ver alguns dos feridos no acidente, entre eles estrangeiros procedentes da Turquia, Afeganistão e Egito.
Segundo os últimos números da Defesa Civil saudita, pelo menos 107 pessoas morreram e 238 ficaram feridas pela queda do guindaste, devido ao forte temporal e vento que castiga a zona.
O guindaste que causou o massacre ao cair sobre o teto e atingir o solo do interior da mesquita era usado nas obras que srão realizadas para restaurar e ampliar o recinto há quatro anos.
Com a ampliação, o recinto passará de ocupar uma superfície de 350 mil metros quadrados a 750 mil, de modo que possa aumentar sua capacidade para receber cerca de três milhões de fiéis.
A “Mesquita Sagrada” ou “Masyed al Haram” em árabe é o primeiro lugar santo do islã e é considerado o maior do mundo.
O acidente aconteceu quando Meca prepara-se para receber a peregrinação ou “hajj”, que é um dos cinco pilares do islã, junto à “shahada” (profissão de fé), à esmola, à oração, e ao jejum no mês do Ramadã.
A Arábia Saudita continuou hoje com os preparativos para realizar a peregrinação muçulmana e adotou novas medidas para que não se repita um acidente como o de ontem, que incluem o desdobramento de mais de 10 mil agentes. EFE
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