Reino Unido alerta sobre possíveis ataques do EI na Europa

  • Por Agência EFE
  • 24/05/2016 17h28
Reprodução/Youtube Michael Fallon

O ministro da Defesa do Reino Unido, Michael Fallon, alertou nesta terça-feira sobre possíveis ataques do Estado Islâmico (EI) no Reino Unido e o resto da Europa à medida que o grupo jihadista “está perdendo terreno” no Iraque e Síria.

Durante sessão na Câmara dos Comuns para informar aos deputados sobre as operações do exército britânico na região, Fallon revelou que o Reino Unido participou de 43 bombardeios contra o EI na Síria desde que o parlamento aprovou a participação, em dezembro do ano passado, e de 760 ataques aéreos no Iraque desde setembro de 2014.

“À medida que o Estado Islâmico se sente mais pressionado no Iraque e Síria, poderíamos ver contra-ataques como parte do plano do grupo contra alvos britânicos ou o resto da Europa”, afirmou Fallon, em resposta a uma pergunta em relação ao controle de “terroristas” do EI “que atuam na Europa”.

O ministro britânico afirmou que a contribuição do Reino Unido à missão militar contra o EI é “maior que a de qualquer outra nação, exceto os Estados Unidos”.

A Força Aérea Real britânica (RAF) concentrou seus esforços nos últimos meses em atacar os campos petrolíferos do leste da Síria que os jihadistas utilizam para financiar suas operações.

O Exército britânico também fixou como alvos “infraestruturas de comunicações, comando e controle” do EI e colaborou com informação de inteligência e trabalhos de vigilância com a coalizão militar liderada por Washington.

“Os bombardeios da coalizão destruíram reservas petrolíferas do EI avaliadas em US$ 800 milhões (cerca de R$ 2,838 bilhões)”, disse Fallon, apontando que cortar “a cabeça da serpente” dos homens-forte em Raqqa (Síria) e Mossul (Iraque), pedia um “formidável” esforço militar por parte de “tropas locais no local”.

Com tudo, “inclusive na Síria, o EI está perdendo terreno e já foram expulsos de Shaddadi, uma importante rota de fornecimento entre Mossul e Raqqa”, sustentou o ministro.

“Ninguém deve subestimar a dificuldade que isso representa e nem as escalas de tempo com as quais se deve trabalhar. Mesmo assim, estão fazendo progressos, como indiquei, no nordeste e o norte da Síria”, frisou. 

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.