Reino Unido apoia envio de armas ao Iraque

  • Por Agencia EFE
  • 15/08/2014 11h05

Bruxelas, 15 ago (EFE).- O Reino Unido disse nesta sexta-feira que estaria disposto a considerar “favoravelmente” qualquer pedido dos curdos para o envio de armas para enfrentar os jihadistas do Estado Islâmico (EI) no norte do país árabe, enquanto a Suécia deixou claro que não participará e a Alemanha preferiu esperar.

“Já estamos enviando munição e provisões de outros países da Europa do leste a Erbil, mas isto é uma oportunidade para os Estados-membros para coordenar sua atividade e enviar um sinal muito claro de nosso apoio ao novo primeiro-ministro designado”, Haidar al Abadi, disse o secretário de Estado de Relações Exteriores britânico, Philipp Hammond.

O ministro luxemburguês de Relações Exteriores, Jean Asselborn, afirmou ao chegar ao Conselho de ministros extraordinário da UE que os “criminosos” do EI não podem ser contidos apelando para o uso da razão e que o Grande Ducado “está a favor de fornecer armas ao governo iraquiano para parar esta brutalidade”.

A ministra das Relações Exteriores italiana, Federica Mogherini, destacou a importância que este tipo de apoio aos curdos seja respaldado por um enfoque europeu.

Seu colega sueco, Carl Bildt, ressaltou que seu país “não é necessariamente uma potência militar, mas sim no plano da assistência humanitária”, por isso que “nos concentraremos nisso”.

“Outros países estão fazendo outras coisas, mas nossa atenção estará no lado humanitário e político, no que melhor sabemos fazer”, explicou, ressaltando a importância de que qualquer medida seja coordenada com Bagdá.

Também o ministro austríaco, Sebastian Kurz, explicou que seu país não enviará armas ao não ser uma grande potência militar nem exportadora de armamento e por isso o país “se centrará na ajuda humanitária” para o norte do país árabe.

O ministro alemão, Frank-Walter Steinmeier, quem viajará este fim de semana ao Iraque para se informar das necessidades humanitárias, não quis revelar se Berlim enviará armas aos curdos, e unicamente disse que “temos que ir até os limites legais e políticos do que se pode fazer”.

O francês Laurent Fabius lembrou que a França foi o primeiro país a reagir sobre o plano humanitário e no envio de armas e que seu desejo é que “a Europa inteira se mobilize e apoie os iraquianos e curdos que sofrem”.

Todos os ministros deixaram, no entanto, claro que o país deve encontrar também uma solução política para seus problemas.

A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, expressou sua esperança de que agora que Maliki se afastou do governo “vemos uma maior estabilidade política no Iraque”.

A UE também deve contribuir para uma solução a longo prazo o que implica que o Iraque “deve acomodar as aspirações de toda sua população, incluindo sunitas, curdos e xiitas”. EFE

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