Reino Unido confirma que matou 2 britânicos do EI em ataque na Síria

  • Por Agencia EFE
  • 07/09/2015 17h55
EFE Primeiro-ministro do Reino Unido

O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, admitiu nesta segunda-feira (7) no parlamento que seu governo autorizou um ataque com aviões não tripulados em solo sírio no qual morreram dois combatentes britânicos do grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

O alvo principal dos drones da Real Força Aérea britânica era Reyaad Khan, um jovem nascido em Cardiff (Gales) de 21 anos que apareceu há um ano em um vídeo do EI no qual pedia a outros jovens ocidentais que se unissem ao grupo armado.

No ataque, executado em 21 de agosto contra um veículo que viajava na área de Al Raqqa, na Síria, morreram também outros dois combatentes jihadistas, um deles Ruhul Amin, de 26 anos, nascido na cidade escocesa de Aberdeen.

O conservador Cameron argumentou perante os deputados que Khan tinha planejado atentados no Reino Unido e que o bombardeio foi “necessário e executado para a legítima defesa” do país.

O primeiro-ministro do Reino Unido defendeu que a ação, autorizada pelo ministro da Defesa, Michael Fallon, foi “completamente legal”, apesar de a Câmara dos Comuns ter negado em agosto de 2013 a permissão ao Executivo para lançar uma operação militar na Síria.

“O procurador-geral foi consultado e estava claro que havia uma clara base legal para esta ação sob a legislação internacional”, argumentou o líder conservador, que informou que o representante permanente do Reino Unido na ONU escreveu ao presidente do Conselho de Segurança para informar-lhe da “atividade conduzida em legítima defesa”.

O chefe do governo britânico garantiu que o ataque aéreo era o “único modo possível” de evitar os atentados que Khan supostamente planejava e ressaltou que a ameaça que paira sobre o Reino Unido por parte do terrorismo jihadista é “mais aguda que nunca”.

Cameron revelou ainda que a polícia e a forças de segurança britânicas frustraram nos últimos 12 meses seis “tentativas de atacar o Reino Unido”.

“Houve um conjunto de circunstâncias relativamente únicas, mas isso não quer dizer que isto não volte a ocorrer”, advertiu o primeiro-ministro.

Por sua parte, a organização humanitária Reprieve afirmou que “o que estamos vendo é o governo britânico imitando o modelo fracassado dos Estados Unidos de lançar ataques aéreos secretos”.

Um porta-voz dessa organização defensora de direitos humanos lamentou que esse ataque tenha sido realizado quando o Executivo de Cameron “prometeu repetidamente no parlamento e perante os cidadãos que não haveria operações militares na Síria sem a permissão da Câmara”.

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