Reino Unido e EUA fecham temporariamente sua embaixada no Iêmen

Londres, 11 fev (EFE).- O Reino Unido e os Estados Unidos decidiram fechar temporariamente sua embaixada no Iêmen por razões de segurança e os funcionários diplomáticos foram retirados da capital, Sana, informou nesta quarta-feira o Ministério de Relações Exteriores britânico e oficiais da polícia local que protegem a legação americana.

A embaixada dos Estados Unidos foi evacuada completamente ontem à noite, dia em que foi anunciado a suspensão definitiva dos serviços diplomático no Iêmen.

Além disso, uma unidade de fuzileiros que servia em uma base próxima à embaixada também foi evacuada, segundo os policiais iemenitas.

Os agentes locais protegiam a embaixada e escoltaram os comboios de retirada dos diplomatas e suas famílias até o aeroporto, processo que demorou duas semanas.

A embaixada dos EUA suspendeu seus serviços consulares no Iêmen em 26 de janeiro, após o presidente do país, Abdo Rabu Mansur Hadi, deixar o poder por pressões do movimento rebelde xiita dos houthis.

No mês passado, Washington também informou que tinha suspendido algumas operações antiterroristas no Iêmen diante da crise.

Em comunicado divulgado hoje, o secretário britânico para o Oriente Médio, Tobias Ellwood, disse que a deterioração da segurança no Iêmen continuou nos últimos dias, por isso os funcionários da embaixada estão em “risco”.

“É por isso que decidimos retirar o corpo diplomático e suspender temporariamente as atividades na embaixada britânica em Sana”, explicou Ellwood.

Além disso, pediu aos britânicos que estiverem no Iêmen para que abandonem o país “imediatamente”.

“Seguimos pensando que um Iêmen estável, unido, democrático e próspero é o melhor futuro para o país. Vamos seguir trabalhando em nível internacional para ajudar o Iêmen a conseguir uma transição política legítima e transparente, na qual todos os iemenitas estejam representados”, afirmou Ellwood em um comunicado.

O movimento dos houthis, contrário aos EUA, ocupou nos últimos meses edifícios governamentais, ao mesmo tempo em que estendeu seu controle para sete províncias iemenitas. EFE