Reino Unido espera reabrir embaixada em Teerã até o fim do ano

  • Por Agencia EFE
  • 15/07/2015 12h25

Londres, 15 jul (EFE).- Após a assinatura do histório acordo sobre o plano nuclear iraniano, o ministro britânico de Relações Exteriores, Philip Hammond, disse nesta quarta-feira que acredita ser possível reabrir a embaixada do Reino Unido em Teerã até o fim do ano.

Em discurso na Câmara dos Comuns, o ministro explicou que ainda existem “obstáculos técnicos” para reabrir a delegação diplomática, fechada em 2011 após um protesto contra as sanções, mas garantiu que trabalhará com o colega iraniano para resolvê-los, de modo que os dois países reabram suas embaixadas.

“Espero que estejamos em condições de reabrir nossas respectivas embaixadas antes do fim deste ano, e desejo ir a Teerã para poder fazer isso”, declarou.

Hammond elogiou o acordo firmado ontem em Viena entre Irã e o Grupo 5+1 (EUA, França, China, Rússia, Reino Unido e Alemanha) sobre o programa nuclear iraniano.

“Com a conclusão das negociações, o mundo pode ficar tranquilo porque foram cortadas todas as conexões do Irã com a bomba nuclear e ter a confiança na natureza exclusivamente pacífica de seu programa nuclear civil”, disse o ministro aos deputados.

Hammond, que se reunirá nas próximas horas com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ressaltou que o acordo também tem “o potencial de construir uma relação diferente entre Irã e Ocidente e mudar de maneira positiva a dinâmica na região e além dela”.

O ministro assinalou que o governo de David Cameron continuará a aproximar sua relação com o Executivo iraniano e buscará colaborar em assuntos como a luta contra o extremismo de grupos como o Estado Islâmico e a resolução dos conflitos na Síria e no Iêmen.

“Mas isto será um processo que levará tempo”, alertou o chefe da diplomacia britânica, que indicou que, enquanto isso, “é preciso ser realistas sobre a natureza do regime iraniano e suas ambições”.

O Reino Unido, segundo o ministro, continuará a criticar as violações dos direitos humanos e trabalhará com seus aliados na região (como Israel e Arábia Saudita) para evitar “a ingerência” iraniana em seus assuntos.

“O Irã não obterá um passe gratuito para se intrometer além de suas fronteiras”, garantiu o político britânico. EFE

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