Reino Unido fará simulação para provar eficácia de medidas contra o ebola
Londres, 11 out (EFE).- O Reino Unido fará neste sábado uma simulação a nível nacional para provar a eficácia de seus protocolos de atuação diante de um possível surto do vírus ebola.
O teste, que durará oito horas, contará com a presença dos ministros do governo, profissionais de saúde e o serviço de ambulâncias do Departamento de Saúde Pública da Inglaterra.
Também contará com a participação de atores e atrizes que fingirão apresentar os sintomas do ebola, assim como os especialistas em saúde usarão trajes de alta proteção contra o vírus.
O Executivo britânico realizará uma reunião do comitê de emergências Cobra, que será presidido pelo ministro da Saúde, Jeremy Hunt.
A simulação faz parte do pacote de medidas de contingência anunciadas ao longo da semana por David Cameron para reforçar a segurança do Reino Unido contra um vírus que já matou mais de quatro mil pessoas na África Ocidental.
O primeiro-ministro confirmou na quinta-feira que “o controle será aumentado” em aeroportos e na estação de trem do Canal da Mancha para detectar possíveis casos de ebola em passageiros procedentes de Libéria, Serra Leoa e Guiné.
Esses controles, que serão aplicados nos aeroportos de Heathrow e Gatwick e nas estações do Eurostar, ajudarão a analisar o histórico de viagem dos passageiros de regiões afetadas e, em alguns casos, podem implicar exames médicos.
Foi assim que o Reino Unido respondeu ao alerta internacional causado pela propagação do ebola, dias depois de descartar controles de fronteira adicionais por considerá-los desnecessários porque o risco do vírus era baixo no país. A pressão exercida pelo Parlamento britânico obrigou o governo a introduzir novas medidas para tranquilizar a opinião pública.
No Reino Unido, os voos diretos para Guiné, Serra Leoa e Libéria, os países mais afetados pelo vírus, estão suspensos desde agosto. Sendo assim, os passageiros procedentes dessas regiões precisarão chegar a Londres através de outros territórios.
Além disso, nessa semana o Reino Unido aumentou a ajuda às regiões afetadas pela explosão do vírus na África Ocidental com o envio de 750 soldados a Serra Leoa, um navio-hospital e três helicópteros. EFE
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