Reino Unido faz plano de contingência para caso de a Grécia abandonar o euro

  • Por Agencia EFE
  • 09/02/2015 15h09
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Londres, 9 fev (EFE).- O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, presidiu nesta segunda-feira uma reunião com ministros e membros do Banco da Inglaterra para traçar planos de contingência diante da eventualidade de a Grécia não pagar as parcelas de sua dívida ou decidir abandonar o euro.

Durante a reunião, realizada na residência do número 10 de Downing Street, Cameron pediu para ser informado sobre os riscos de contágio da economia britânica pela situação na Grécia e especialmente sobre o impacto a saída do país da zona do euro teria.

Segundo a “BBC”, a possibilidade cada vez mais provável de a Grécia deixar o euro foi avaliada, apesar de a Inglaterra ainda confiar que o governo grego chegará a um acordo com os responsáveis pelos empréstimos da União Europeia (UE), do Banco Central Europeu (BCE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Os analistas disseram ao primeiro-ministro que, se a Grécia deixar o euro por sua antiga moeda, o dracma, os gregos perderiam o valor de suas economias, a inflação dispararia e haveria uma desvalorização em massa.

Além disso, acrescentaram os assessores, os bancos e as empresas gregos enfrentariam graves dificuldades financeiras por ter de pagar suas dívidas contraídas em euro.

Um porta-voz de Cameron disse ao término do encontro que “existem riscos de contágio e incerteza e é importante analisar todas as possibilidades”.

No entanto, esta fonte ressaltou que os bancos e empresas britânicos estão pouco expostos à dívida grega e que, em todo caso, após as reformas de regulação financeira introduzidas em 2012 estão mais bem preparados para enfrentar falta de pagamentos.

O porta-voz lembrou que “o novo governo grego é claro em sua vontade de permanecer na zona do euro e os países da zona do euro também se expressaram em favor da unidade”.

Segundo a “BBC”, o Reino Unido vê como maior perigo da saída da Grécia da zona do euro que isso impulsionasse outras economias frágeis a fazer o mesmo, o que poderia levar a uma fuga de capitais e ao aumento da instabilidade.

À reunião teve a participação do responsável do Tesouro, Nick Macpherson, o diretor de estabilidade financeira, Lowrie Kahn, e o diretor internacional do Banco da Inglaterra, Phil Evans. EFE

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