Reino Unido julgará homem por colocar explosivos no Iraque em 2007
Londres, 24 set (EFE).- A promotoria britânica informou nesta quarta-feira que um homem detido em Londres enfrenta acusações de “conspiração para o assassinato” em relação a diversos artefatos explosivos de fabricação caseira que foram detectados no Iraque em 2007.
Anis Abid Sardar, de 37 anos, foi detido na terça-feira em seu domicílio no noroeste de Londres por membros da unidade antiterrorista da polícia metropolitana da capital britânica.
O homem é acusado de “conspiração para o assassinato” e “conspiração para causar explosões com intenção de colocar em perigo vidas e propriedades”.
“Após uma investigação policial, autorizei hoje as acusações contra Anis Abid Sardar em conexão com diversos artefatos explosivos improvisados nas margens de estradas que foram recuperados na província iraquiana de Al-Anbar em 2007”, detalhou a vice-diretora da Divisão Antiterrorista da Promotoria (CPS), Deborah Walsh.
“Suspeita-se que Sardar conspirou para assassinar forças da coalizão que operavam no Iraque durante ou antes de 22 de novembro de 2007”, sustentou Walsh.
O responsável da promotoria disse que “há suficientes provas para uma perspectiva razoável de que haja condenação”, ao mesmo tempo que ressaltou que o processo é “de interesse público”.
Neste mês, o governo do Reino Unido ressaltou a necessidade de evitar que cidadãos britânicos viajem ao Oriente Médio para se somar aos grupos jihadistas e retornem depois radicalizados.
O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, anunciou um endurecimento do controle sobre os extremistas perante as execuções de jornalistas e voluntários por parte do Estado Islâmico (EI) na Síria as últimas semanas.
Nos vídeos divulgados pelos extremistas nos quais se mostra o assassinato de cidadãos britânicos e americanos, aparece um homem coberto com um capuz que se encarrega de decapitar suas vítimas após ter pronunciado uma chamada em um inglês com marcado sotaque da Inglaterra, presumivelmente de Londres.
Por este motivo, os serviços secretos do Reino Unido trabalham com a hipótese de que o assassino seja um jovem nascido ou criado em Londres. EFE
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