Reino Unido receberá refugiados sírios “mais vulneráveis”

  • Por Agencia EFE
  • 29/01/2014 09h57
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Londres, 29 jan (EFE).- O Reino Unido acolherá de forma temporária alguns dos refugiados sírios “mais vulneráveis”, entre eles vítimas das torturas ou de agressões sexuais, anunciou nesta quarta-feira o vice-primeiro-ministro britânico, Nick Clegg.

O político liberal-democrata não apresentou números, mas indicou que os detalhes serão dados hoje pela ministra britânica de Interior, Theresa May, na Câmara dos Comuns.

A decisão foi tomada depois que a oposição pressionou o governo de David Cameron a aceitar cidadãos sírios afetados pela guerra civil na Síria.

No entanto, Clegg disse que o Reino Unido não assinará o pedido do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) para que os países ocidentais aceitem cerca de 30 mil refugiados, embora tenha especificado que essa instituição apoia os planos do governo britânico de acolher alguns cidadãos sírios.

“Me sinto satisfeito de poder anunciar hoje que o Reino Unido concederá refúgio a alguns dos refugiados sírios mais vulneráveis. O governo de coalizão (entre conservadores e liberais democratas) quer participar da ajuda para aliviar o imenso sofrimento na Síria”, disse Clegg.

O vice-primeiro-ministro lembrou que o Reino Unido já forneceu 600 milhões de libras (cerca de R$ 2,4 bilhões) para ajudar as vítimas da violência na Síria.

Ao explicar o critério para acolher os refugiados, Clegg disse que a prioridade será para mulheres e meninas que foram vítimas ou estão correndo risco de sofrer agressões sexuais, assim como os idosos e os que foram torturados.

Clegg acrescentou que além desta ajuda, Londres seguirá apoiando as conversas de paz na Suíça por considerar que “só uma solução política entre o regime de Bashar al Assad e a oposição síria facilitará um fim permanente do sofrimento”.

Em resposta ao anúncio, a porta-voz de Interior da oposição trabalhista, Yvette Cooper, manifestou sua satisfação pela decisão do Governo britânico.

“O Reino Unido tem uma obrigação moral de ajudar”, disse a porta-voz de Interior.

O conflito sírio tirou a vida de 100 mil pessoas desde 2011, enquanto cerca de 9,5 milhões foram obrigados a se deslocar. EFE

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