Reino Unido tem último dia de campanha antes do plebiscito sobre futuro na UE
O Reino Unido terá, nesta quarta-feira (22), o último dia de campanha antes do plebiscito que definirá o futuro do país na União Europeia (UE), um dia importante e crucial para tentar ganhar os votos dos cerca de 11% de cidadãos indecisos. As últimas pesquisas mostram que a disputa entre o “Permanecer” e o “Brexit” (conceito favorável à saída da UE) segue acirrada.
O primeiro-ministro David Cameron esboçou, uma vez mais, na última terça (21), sua opinião para que a Grã-Bretanha continue no bloco dos 28 países europeus, “nós não estamos presos a um cadáver. Você pode ver a recuperação da economia europeia. É a maior de mercado interno do mundo”, analisou o estadista à BBC.
A figura mais notável na campanha pelo “Brexit”, o ex-prefeito de Londres Boris Johnson fez um tour destacando a independência e a autoconfiança do país, “É hora de falar para a democracia e milhões de pessoas em toda a Europa concordam conosco. É hora de quebrar as falhas e um sistema disfuncional da União Europeia”.
Também na terça, a BBC realizou um grande debate eleitoral com lideranças dos dois movimentos e os grupos mantiveram os principais argumentos ouvidos nos últimos meses. O grupo contra o “Brexit” defende que a saída da UE pode criar problemas econômicos, com aumento do desemprego e queda da atividade. Já o grupo favorável à saída do bloco diz que o país terá mais soberania e poderá ter controle total em temas sensíveis como imigração.
Os britânicos vão às urnas, na próxima quinta-feira (23), após uma campanha que tem sido acirrada e complicada. Mesmo após o assassinato da deputada Jo Cox, que levou o “permanecer” à liderança, as pesquisas eleitorais ainda mostram uma disputa apertada. Em Pesquisa feita pelo jornal The Telegraph, que é a favor do Brexit, mostra 51% para o “Permanecer” e 49% para o “Sair”. Já a mesma projeção feita pelo Financial Times, que é contrário à saíde de Bruxelas, sinaliza vitória pela retirada com 45%, em derrota do grupo europeu com 44% dos votos válidos, além da cota de 11% de indecisos.
Líderes de cerca de metade das maiores empresas do país insular fizeram um apelo de última hora aos seus funcionários para votarem pela continuidade da integração continental.
Em uma carta ao Times, mais de 1.000 empresários, incluindo representantes de metade das empresas negociadas na Bolsa de Londres, argumentaram que um voto para deixar a União irá prejudicar a economia britânica. “o Reino Unido deixar Bruxelas significaria incerteza para as nossas empresas, menos comércio com a Europa e menos empregos”, terminando, “já a permanência significaria o oposto: mais certeza, mais comércio e mais emprego. É por isso que, no dia 23 de junho, iremos votar pela união continental”. As comnpanhias representadas incluem o Barclays, Standard Life e Anglo American.
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