Reintegração de posse em Osasco pode se estender por mais três dias

A reintegração de posse de terreno de 200 mil metros quadrados em Osasco deve durar pelo menos mais três dias. A área, conhecida como Comunidade Nelson Mandela, continha 13 mil pessoas que ocupavam o local há um ano e meio.

A Polícia Militar mobilizou mais de 700 membros da corporação entre força tática, tropas de choque e cavalaria, entre outras. Em entrevista ao repórter Tiago Muniz, o capitão da PM, Márcio Agamenon Góes de Souza, citou que a maior dificuldade encontrada foi a do terreno propriamente dito.

“O difícil aqui é a topografia e a extensão. É uma área muito grande e com uma topografia extremamente irregular. Mas não encontramos uma resistência ativa, onde as pessoas tacam pedras, tijolos e investem contra a nossa tropa ou contra os oficiais de justiça. Isso tudo para somar como resultado do nosso planejamento”, declarou.

Um homem foi preso e dois adolescentes apreendidos suspeitos de terem incendiado moradias; eles foram levados ao décimo distrito policial de Osasco.

O advogado dos ocupantes, Sandro Lira, disse que o amparo social não está sendo prestado pela prefeitura. “Está no acórdão que a Prefeitura de Osasco deveria dar o amparo social, através de recursos do Bolsa Família, Bolsa Aluguel e cadastro destas famílias em moradia popular. Isso não está acontecendo”, afirmou.

Por meio de nota, a prefeitura de Osasco disse que a área não é adequada ao uso habitacional e que tem riscos ambientais e de deslizamento de solo. A administração afirmou ainda que os ocupantes não estavam inscritos em nenhum cadastro de moradia, que já tem 43 mil inscritos.