Reitores assinam carta por desenvolvimento de universidades ibero-americanas
Rio de Janeiro, 29 jul (EFE).- Acadêmicos reunidos no III Encontro Internacional de Reitores Universia assinaram nesta terça-feira no Brasil a Carta do Rio de Janeiro 2014, que contém dez compromissos para melhorar, modernizar e internacionalizar a educação superior.
O texto reúne as chamadas chaves estratégicas para o desenvolvimento dos centros universitários ibero-americanos e propõe pautas de atuação a fim de “fundar os alicerces de uma sociedade baseada no conhecimento, o empreendimento e a inovação”, segundo o documento.
A carta, assinada pelos 1.103 reitores de 33 países reunidos no Rio, aborda a cooperação entre universidades como um pilar básico para a consolidação dessas instituições ibero-americanas como referentes mundiais e destaca também a necessidade de colaborar com empresas privadas, governos, coletivos, instituições e organizações sociais.
O presidente do Banco Santander, Emilio Botín, cujo grupo organizou o encontro de reitores, afirmou hoje em discurso que a Carta do Rio de Janeiro “não só é uma declaração de princípios, mas um magnífico roteiro para que as universidades ibero-americanas tenham um papel determinante nos próximos anos”.
Segundo a Carta, o trabalho conjunto entre as universidades pode contribuir para a maturidade do espaço ibero-americano do conhecimento e resultar no fomento da pesquisa e da transferência dos resultados.
O documento também defende promover programas transnacionais de excelência acadêmica e de mobilidade, assim como a melhora do sistema de reconhecimento de estudos e títulos entre instituições.
Além disso, o lançamento e a consolidação de programas de responsabilidade social e ambiental se apresenta como outro dos compromissos irrenunciáveis das universidades para os próximos anos, de acordo com o documento.
Nessa mesma linha, os reitores assumiram o desafio de criar e reforçar projetos de desenvolvimento sustentável do entorno municipal e estadual, vinculados a ações de potencialização do empreendimento e da inovação.
Segundo a carta, a utilização plena das tecnologias digitais desponta também como uma meta “inevitável” para se adaptar a um mundo em mudança permanente e para oferecer aos alunos uma educação do mais alto nível.
Facilitar o acesso à informação sobre as universidades ibero-americanas constitui outra meta a ser alcançada, já que permitiria revelar as características de cada instituição e contribuiria para seu reconhecimento internacional, acrescenta a carta.
A atenção às expectativas dos estudantes, a garantia da qualidade do ensino e a formação contínua dos professores são outras estratégias destacadas no documento.
Os signatários se comprometeram na Carta Universia 2014 a divulgar essas propostas e a revelá-las “a todos os governos e administrações, associações empresariais e agentes sociais com os quais compartilham a responsabilidade de sua execução”.
Entre outros cenários, o documento será apresentado perante os chefes de Estado e de governo na próxima Cúpula Ibero-Americana, que será realizada em Veracruz (México) em dezembro. EFE
aas/tr
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